Em sessão realizada na Câmara de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (25), o secretário municipal de Saúde, Vinícius Rodrigues, e a gerente do serviço auditivo do Centro Municipal Especializado em Reabilitação Física e Auditiva (Cemerf), Carolina Borba, apresentaram dados referentes à dispensação de aparelhos auditivos no município, em atendimento a um requerimento do legislativo. A solicitação foi baseada nas queixas relatadas pelos pacientes, em relação ao tempo de espera para receber os aparelhos auditivos. Neste ano, o Cemerf está atendendo a uma fila de espera de dois anos, represada por causa da pandemia, quando foi necessário reduzir o número de atendimentos diários, mas a expectativa é voltar a atender uma média de 80 a 85 pacientes por mês.
O secretário informou que pouco antes da pandemia, o município caminhava a passos largos para zerar a fila que perdurava desde 2014, em gestões anteriores. “São quase 10 anos de filas, mas as nossas entregas são muito superiores às realizadas no passado. Se não fosse a pandemia, nós já estaríamos com a fila zerada e só com as demandas do ano corrente. Mas estamos trabalhando duro para resolver essa demanda”, disse Vinícius, informando ainda que a Secretaria de Saúde preparou essa apresentação para mostrar à Câmara e aos munícipes, a responsabilidade da gestão municipal com o paciente e todo o histórico para que a população possa entender o porquê dos eventuais atrasos na entrega.
Em 2019, o serviço atendia uma média de 87 pacientes por mês e entregou 1.045 aparelhos auditivos, diminuindo a espera para um ano. Contudo, a média de atendimento reduziu para 14 a 25 pacientes por mês, nos anos de 2020 e 2021, devido às restrições impostas pela pandemia. Já em 2022, o Cemerf conseguiu retomar o ritmo das entregas, atendendo uma média de 67 pacientes por mês. Neste ano, com alguns problemas no contrato com os fornecedores, a média mensal de atendimentos tem sido de 31 concessões, mas já começou a ser regularizada.
Na apresentação, a gerente do Cemerf esclareceu todo o processo necessário para a concessão e seleção do AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual), programada de acordo com a necessidade e perda auditiva de cada paciente. “A equipe abraça a causa! Os nossos contratos estão em aberto e este ano houve atraso em função de algumas dificuldades nos processos e mudanças na chamada pública, mas a nossa expectativa é que, em 2024, as nossas concessões voltem a atender uma média de 80 a 85 pacientes por mês e a gente possa, enfim, diminuir essa lista de espera”, afirmou Carolina.