A licitação que seleciona a empresa que vai fornecer as câmeras para o fardamento dos policiais militares da Bahia ainda não terminou, mas já há um desenho de implementação da tecnologia nas fardas dos agentes que trabalham nas ruas.
O modelo inicial é simples: ao menos uma câmera por equipe. Essa forma de uso é uma estratégia adotada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), que, após o fim da licitação, vai receber 3.300 câmeras da empresa vencedora no prazo de 1 ano.
Superintendente tecnológico e organizacional da SSP-BA, o coronel Marcos Oliveira explica que o edital foi desenhado para essa forma de uso.
“O contrato foi previsto, justamente, para que toda equipe que esteja em campo tenha, ao menos, uma câmera corporal no fardamento dos policiais. A gente tem um revezamento da metade do efetivo durante o dia e uma outra parte durante a noite”, afirma o coronel, que está acompanhando o processo de licitação para a implantação das câmeras.
A estratégia, no entanto, não é vista como ideal pelo professor de estratégia e gestão pública Sandro Cabral, que atua no Insper e na Ufba e tem trabalhos na área de segurança pública. Ele acredita que a tecnologia precisa ser implementada de forma que a gestão estadual possa medir o impacto das câmeras. Ele orienta ainda a criação de ‘unidades de tratamento e controle’ para observar e comparar os resultados nas ações policiais.