A assessoria técnica aos produtores das hortas comunitárias mantidas pela Prefeitura, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social (Semdes) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SMDR), iniciou na manhã desta terça-feira (14), a etapa de orientações práticas, com a realização da oficina de compostagem, em que os produtores aprenderam o passo a passo para produção de adubo orgânico utilizando os próprios resíduos produzidos na horta.
Segundo a engenheira e o engenheiro agrônomos da SMDR, Nilma Dias e João Rubens, utilizando a técnica correta é possível acelerar o processo de decomposição e produzir adubo orgânico com até 90 dias. “Tudo vai depender das condições do tempo, sol e chuva, é a quantidade de cada um que vai determinar uma fermentação mais rápida ou mais lenta, por isso é importante observar a temperatura e revirar o material”, explicou João.
Luciene da Silva Nascimento trabalha na horta há dois anos. Ela conta que herdou as leras de sua mãe, que trabalhou ali por mais de 30 anos. “Hoje, eu tenho cinco leiras, e gasto um saco de adubo por mês em cada uma; cada saco de adubo custa 5,00 reais” explicou Luciene, que ficou interessada e feliz em poder aproveitar todo resíduo da sua horta na produção de adubo. “Eu não vou jogar mais nada fora, vou fazer minha pilha e terei o meu adubo totalmente orgânico. Agradeço muito a Prefeitura por essa ajuda que será muito bem aproveitada por nós”, disse.
Durante a oficina, o secretário da Semdes, Michael Farias, explicou porque convidou a equipe da Secretaria de Infraestrutura para conhecer a horta, pois o objetivo é elaborar um projeto de melhoria da infraestrutura das hortas. “A determinação da prefeita Sheila Lemos é que a gente fortaleça a dimensão comunitária desses bairros que tenham hortas comunitárias, por isso, temos garantido todo o apoio técnico necessário, e, para além disso, estamos fazendo o desenho de um programa específico para um apoio mais intenso e organizado, para o fortalecimento das hortas comunitárias, com uma perspectiva de proteger o meio ambiente, garantir renda e também a segurança alimentar nestas comunidade com oferta de alimento saudável”, explicou Michael.
*Veja como fazer a compostagem:*
Faça a primeira camada – com material palhoso (folhas secas, capim) com altura de 10 a 20 cm;
Faça a segunda camada- com material recolhido na horta (resíduos orgânicos) que seriam jogados no lixo;
Faça a terceira camada de material palhoso (folhas secas, capim)
Adicione material enriquecido, pode ser o pó de rocha;
Faça quarta camada com material recolhido na horta (resíduos orgânicos) que seriam jogados no lixo;
Faça a quinta camada de material palhoso (folhas secas, capim)
Faça a sexta camada com material recolhido na horta (resíduos orgânicos) que seriam jogados no lixo;
Faça a cobertura com material palhoso, de forma a proteger contra a ação do vento, da chuva e da insolação;
Pilha pronta, com no máximo 1,5 metros de altura, é só verificar a temperatura com a utilização de uma barra de ferro, que estando quente indica que a pilha deve ser revirada;
A depender das condições do tempo, a compostagem fica pronta em cerca de 90 dias;
O composto pronto apresenta coloração escurecida, cheiro agradável, temperatura ambiente e, não é possível identificar os materiais de origem.
(Informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural- SENAR)