Em parceria com o Cras 6, do bairro Nossa Senhora Aparecida, o Selo Unicef realizou uma ação com crianças e adolescentes na tarde desta sexta-feira (16). Jovens vinculados ao serviço, ao Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) e estudantes do território foram convidados para participar da palestra.
A representante do Núcleo de Pacificação de Conflitos da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Cleire Alves, foi a facilitadora da atividade. O objetivo foi conscientizar as crianças e adolescentes para combater esse tipo de violência.
A mobilizadora do Selo Unicef, Laís Pinheiro, falou sobre a importância da discussão. “Nós identificamos, através das atividades que a gente realiza, que os nossos adolescentes falam sobre violência, e uma das violências mais citadas por eles, nas escolas, nas ruas ou outros lugares que eles costumam frequentar, sobretudo a internet, diz respeito à violência psicológica e também ao bullying”, justificou.
De acordo com a gerente do Cras 7, Iranir Luz, a conscientização sobre esse problema é fundamental. “Muitas pessoas fazem o bullying, mas não entendem que estão fazendo o bullying. A gente precisa falar muito disso, para que elas compreendam e respeitem a individualidade das pessoas, de cada um”, reforçou.
Ketelen Moreira da Silva tem 14 anos e faz parte do Cras e do Nuca. “Eu já fui vítima de bullying, ainda sofro bullying, tanto na internet como com as pessoas fisicamente, verbalmente. É um assunto que eu tento muito trazer para a escola, para as minhas amigas que também sofrem essa mesma questão. Acho super importante isso, inclusive amei a palestra”, avaliou.
Setembro Amarelo
Unindo a temática do bullying com a do Setembro Amarelo, o mês de valorização da vida, o evento também trouxe a participação do Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Adolescente (Caps IA), que aproveitou a oportunidade para divulgar o serviço, voltado ao acolhimento de crianças e jovens em situação de sofrimento mental.
“No pós-pandemia, a gente tá percebendo uma demanda muito grande de adolescentes com algum tipo de sofrimento”, disse o enfermeiro do serviço, Anderson Vicente. “A gente tá aqui pra divulgar que existe essa ajuda para quem tá passando por algum tipo de sofrimento”, completou.
Além disso, o Caps IA também abordou informações a respeito do Pode Falar, canal de ajuda em saúde mental voltado para jovens de 13 a 24 anos. O Unicef é um dos atores que mantém a ferramenta, que promove um espaço de interação e de troca de depoimentos, como forma de incentivo aos cuidado com saúde mental.