Durante um enterro em Brumado, além das pessoas que acompanhavam o cortejo fúnebre, cavalos foram vistos em cima dos túmulos e nos corredores do cemitério. A reação das pessoas que estavam no local foi de constrangimento e medo. O caso foi na manhã desta quarta-feira (17), por volta das 10h, durante o enterro de uma mulher de 42 anos no Cemitério Jardim Santa Inês, localziado às Margens da BA-148. O administrador do local disse que providências estão sendo tomadas para impedir que animais entrem no local. Os familiares e amigos, da falecida Eva da Silva Santana, participaram normalmente do velório no mesmo local, mas quando o cortejo saiu para o enterro, cerca de cinco cavalos estavam pastando entre os túmulos.
(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), admitiu nesta quarta-feira (17) haver problemas com fornecimento de oxigênio em municípios do estado, principalmente na região do Sisal. Por conta disto, o estado está em contato com embaixadas de países europeus para tentar viabilizar a entrega do insumo. No entanto, o petista adotou tom tranquilizador e garantiu que não haverá crise no sistema de saúde baiano por conta de oxigênio medicinal.
“Eu sou muito grato aos prefeitos. Eles estão ajudando muito. Só que a maioria dos hospitais municipais são de pequenos porte e, em muitos deles, nem fazem cirurgias. São mais pacientes clínicos internos ali para acompanhar. Portanto, eles têm cinco a dez cilindros de oxigênio. É um consumo muito baixo. Na hora que eles botam pacientes de Covid, o consumo explode”, explicou, durante a inauguração de leitos elusivos para tratamento da Covid-19 no Hospital Metropolitano.
Por conta deste cenário, o governo baiano está em contato com embaixadas de países como Itália, França, Alemanha e Espanha para conseguir a pronta-entrega do insumo. “Nós temos uma falta de cilindros no Brasil hoje. Não tem cilindro. Nós estamos tentando conseguir usina de oxigênio para abastecer estas situações mais remotas”, pontuou.
Apesar da falta do insumo nos hospitais municipais, ele indicia que, na rede estadual, não há indicativo de acontecer crise semelhante ao que houve em Manaus, no início do ano. “Não haverá crise, porque nós temos capacidade. Até porque são pacientes clínicos e não de UTI. Então conseguimos puxar para leitos clínicos aqui [na rede estadual de saúde]”, acrescentou.
Segundo o governador outro problema, no momento, é logística para o abastecimento de hospitais municipais na Bahia. Ele explica que, caso haja escassez de oxigênio num hospital na região sisaleira, o local mais próximo para o reabastecimento é em Feira de Santana, a cerca de 200 km desta parte da Bahia.
SINAL DE ALERTA LIGADO
O tema ganhou notoriedade quando, no último sábado (13), o prefeito de Queimadas, Dr. André (PT), avisou que as unidades hospitalares da cidade apresentavam escassez de oxigênio.
“Pelo amor de Deus, fiquem em casa. A situação é gravíssima. Vocês viram dois vídeos ontem, falando da chegada de oxigênio, mas aquele já se esgotou. Deveremos ter mais algumas horas de oxigênio e a possibilidade de pacientes morrerem em casa, como está acontecendo em várias partes do Brasil”, previu.