Ao longo dos anos, o Hospital Municipal Esaú Matos se consolidou como referência em obstetrícia no interior da Bahia. Nessa área, um dos destaques da unidade de saúde é o atendimento prestado em casos de gestação de alto risco, serviço fundamental para a redução de morte materna.
De acordo com o médico André Alan Matos, coordenador do setor de obstetrícia do Hospital “a gestação de alto risco é aquela que devido a problemas de saúde pré-existentes ou desenvolvimento de algum problema durante a gestação, apresenta maior probabilidade de ter uma evolução desfavorável”. Ainda segundo o médico, entre esses problemas destaca-se a hipertensão, que também é uma das principais causas de mortes maternas no Brasil.
Daniele e as gêmeas Eloá e Eloisa
Hipertensa, ao descobrir que estava grávida de gêmeas, Daniele Freire passou a fazer o pré-natal de alto risco no Esaú Matos. Durante a gestação, ela foi acompanhada pela equipe especializada do Hospital, que, como ela conta, prestou todo o atendimento necessário para o nascimento das pequenas Eloá e Eloisa, que aconteceu no dia 7 de fevereiro de 2020, com 27 semanas de gestação. “O Hospital prestou um ótimo serviço tanto para mim quanto para minhas bebês, que nasceram prematuras. Enfermeiros, médicos, todos realizaram um trabalho excelente”, declara Daniele.
Para atender pacientes como Daniele, o Esaú Matos conta com um ambulatório especial para pré-natal de alto risco. “Lá, são realizadas em torno de 125 consultas, semanalmente, com uma equipe multiprofissional que inclui médicos obstetras, endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, garantindo uma assistência de qualidade a essas gestantes”, explica Adriana Luz, coordenadora do Ambulatório e Centro de Diagnóstico por Imagem do Hospital.
Daniele e as gêmeas, que já estão com um ano e três meses
Além de realizar exames laboratoriais e de imagem, a coordenadora diz que o hospital conta com pronto-atendimento obstétrico 24 horas, leitos de internação hospitalar específicos para essas gestantes de alto risco, sala de estabilização neonatal, unidade de terapia intensiva e semi-intensiva neonatal.
O Esaú Matos tem conseguido resultados bastante positivos na prevenção da mortalidade materna. “Durante todo o ano passado e nos cinco primeiros meses deste ano, não tivemos nenhum registro de mortalidade materna dentro do hospital. Esse resultado é fruto de esforço e dedicação da nossa equipe. Desde o processo de acompanhamento às gestantes, passando pelo momento do parto e, claro, o pós-parto. Então essa é uma conquista que nos deixa com a sensação de que estamos cuidando bem das ‘mainhas’ que buscam nossos serviços”, afirma Diogo Azevêdo, diretor-geral da Fundação Pública de Saúde, instituição mantenedora do Hospital Esaú Matos.