Às cinco e meia da tarde o repórter faz contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Vitória da Conquista (Semdes), localizada na Avenida Juracy Magalhães e, depois de resolvida a demanda, pergunta se chove por lá. “Aqui, apenas um calor escaldante”, responde a servidora do outro lado. Ela falava da temperatura que tomou a cidade nos últimos três dias, quando os termômetros chegaram a 34 graus.
A diferença é que na região do Candeias já chovia (veja o primeiro vídeo). Pouco e intermitentemente, mas já “apagava o pó”, como diziam os antigos, e fazia barulho nos telhados. No prédio de onde escrevemos esta matéria o barulho vinha da água batendo na cobertura de zinco das vagas do estacionamento.
Não demorou e a chuva era percebida em quase toda a cidade e em cerca de meia hora caía forte na maioria dos bairros. E, logo, com ventos fortes. Veja o segundo vídeo. Dos primeiros sinais até a hora que começou a aliviar, em torno das 19h05, foi mais de uma hora de agua caindo.
Apesar do calor, nem todo mundo esperava que chovesse, mesmo que rápido. Nem mesmo todos os institutos de meteorologia previam. O Climatempo, um dos mais consultados do país, era taxativo: “Hoje será mais quente que ontem. Sol com algumas nuvens. Não chove.” Choveu. Pode não ter sido a quantidade que todo mundo queria, mas choveu.
Já o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), acertou. Indicou uma probabilidade de chuva de 80% e afirmou que haveria “pancadas de chuva localizadas que poderão ser fortes e vir acompanhadas de trovoadas a qualquer hora”.
E uma pancada já veio, mas não diminuiu o calor, que, às 19h33, era de 32°, mesmo com a breve chuva.