Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na quarta-feira (2) avalia que o fim do auxílio emergencial e dos estímulos econômicos feitos em reação à pandemia do novo coronavírus irão reduzir o consumo e afetar a recuperação econômica do Brasil.
De acordo com o documento, o país vai sofrer com uma retirada abrupta das medidas, uma vez que persistem os efeitos da crise da saúde gerada pela pandemia. A instituição também sugere que as autoridades estejam preparadas para fornecer apoio adicional na área fiscal. Afirmou ainda que o Banco Central deve considerar afrouxar ainda mais a política monetária, ou seja, avaliar novos cortes na taxa básica de juros, caso a inflação e as expectativas de inflação permanecerem abaixo da meta, mas com um acompanhamento cuidadoso das implicações para a estabilidade financeira e fluxos de capital. O ministro da Economia, Paulo Guedes, nega a possibilidade de continuidade do auxílio emergencial. O benefício, atualmente no valor R$ 300, é pago pelo governo para aliviar os impactos da pandemia sobre o orçamento familiar e terminar em 31 de dezembro.