Cerca de 98% dos bancários da base do Sindicato na Região Sudoeste aprovaram a implantação de assembleia permanente, até que ocorra apresentação de proposta por parte da Fenaban. Segundo a categoria, a Federação Nacional dos Bancos tenta vencer pelo cansaço, inclusive com suspensão de negociação, um possível acordo com a classe.
Na assembleia, os bancários reafirmaram a disposição para a luta em defesa dos direitos e apresentaram propostas para aumentar a mobilização, que serão levadas ao Comando Nacional. Na negociação de quinta-feira, os bancos insistiram no reajuste zero para a categoria, o que foi rejeitado logo na mesa. No entanto, os representantes das empresas suspenderam a reunião. De acordo com Leonardo Viana, presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, a categoria segue de plantão à espera da Fenaban e de uma proposta justa. “Os bancos falaram novamente sobre reajuste zero, com abono de R$ 1.656,22 para este ano, condicionando a correção dos salários pelo INPC em 2021 [parcelado em duas vezes] à assinatura de um acordo de dois anos”, disse Viana. Ainda de acordo com ele, os bancos querem 70% da inflação pelo INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses, ou seja, em março de 2022. “Isso foi negado, porque além do reajuste zero, eles querem retirar da categoria uma serie de direitos. Incluindo a participação nos lucros, e isso a gente não aceita”, destaca. Questionado se as demandas não forem atendidas, se a categoria poderá paralisar, Leonardo afirmou que um estado de greve não está descartado. “Se a greve for o último artificio, a gente vai precisar, porque é inadmissível num momento como este não haver uma sensibilidade por parte dos bancos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
Informações:97 News