A Polícia Federal, juntamente com o IBAMA, o ICMBio e o INEMA/BA, e com o apoio da Polícia Militar da Bahia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (27), a operação “Ajuruetê”, que visa desarticular esquema criminoso de tráfico de pássaros silvestres na Bahia e Minas Gerais
. As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um traficante de animais silvestres em Caruaru, Pernambuco, no ano de 2018, quando então verificou-se que a maioria dos fornecedores de pássaros para o referido indivíduo era da região sudoeste da Bahia. A partir de então, já no ano de 2019, o avançar das investigações permitiu confirmar a existência de uma extensa rede de traficantes de pássaros silvestres com atuação especialmente na Bahia. Segundo a PF, no início de 2020 foram realizados sete flagrantes de tráfico com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e do IBAMA, que resultaram na lavratura de termos circunstanciados de ocorrência e na apreensão de 824 pássaros, sendo a maioria de papagaios (que possuem maior valor no mercado ilegal), mas também de araras e até de tucanos, muitos desses pássaros ainda filhotes. Um dos investigados já foi preso pela própria Polícia Federal e autuado diversas vezes pelo IBAMA, sendo considerado um dos maiores traficantes de psitacídeos — família à qual pertencem os papagaios, periquitos e araras –do País. Na operação de hoje (27), foam cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão em Itambé, Cândido Sales, Encruzilhada, Poções e Maracás, todos na Bahia; e nos municípios mineiros de Divisópolis, Chapada Gaúcha, Riachinho, São Romão, Santa Fé de Minas, Brasilândia de Minas, Contagem, Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. O nome da operação, Ajuruetê, é uma referência à denominação indígena para a espécie conhecida como papagaio-verdadeiro, da família dos psitacídeos, que é o principal tipo de pássaro silvestre traficado pela rede criminosa ora investigada.