Em meio à pandemia do coronavírus, os bancos sofrem a pressão de projetos que tramitam no Congresso tentando limitar taxas de juros e até aumentar impostos cobrados do setor. Uma espécie de resposta antecipada a esse clima já foi dada: as instituições financeiras reduziram com força as taxas do cartão de crédito ao longo da crise. Dados do Banco Central mostram que em alguns casos, as taxas cobradas em fevereiro eram mais do que o dobro das do início de maio, último dado disponível. O país enfrenta seu maior desafio em décadas — analistas esperam, em média, uma queda de 6% do PIB (Produto Interno Bruto), a maior desde 1962, quando começou a série histórica. Detentores de lucros bilionários, os bancos passaram a ser especialmente cobrados a fazer sua parte neste momento. Os cortes mais expressivos foram feitos pela Caixa e pelo Santander, mas Bradesco e Itaú Unibanco também reduziram os juros do cartão parcelado e até do rotativo, que é a modalidade em que o consumidor joga para a frente parte do pagamento da fatura.
Sob pressão da crise do coronavírus, bancos cortam juros do cartão de crédito
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