O decreto 20.207, assinado ontem (26) pelo prefeito Herzem Gusmão (MDB) aumentou a lista de estabelecimentos comerciais e de serviços considerados essenciais, incluindo, entre outros, serrarias, madeireiras, lojas de autopeças, borracharias, oficinas e lojas de carro, e deixando de fora lojas de vestuário, óticas, presentes, móveis, decoração, etc. Restaurantes e bares também não foram incluídos.
Ao BLOG, o prefeito Herzem Gusmão disse que o governo municipal levou em conta as características dos estabelecimentos liberados e uma enquete feita entre os lojistas ligados à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), cujo resultado apontou que a maioria (68%) não queria a reabertura do comércio, fechado desde o dia 23 como prevenção à Covid – 19.
Ainda na quinta-feira, a CDL enviou ofício ao prefeito em que informa resultado de nova enquete, na qual, motivados pelos últimos acontecimentos, a maioria – 54% – dos comerciantes ligados à entidade, votaram pela reabertura, provavelmente, inspirados nas falas do presidente Jair Bolsonaro e do governador Rui Costa, favoráveis ao funcionamento do comércio em cidades onde não tenha se registrado caso do novo coronavírus.
No ofício, a CDL destaca apoiou o fechamento temporário do comércio, a partir da manifestação da maioria dos associados, porque entendeu serem as medidas necessárias “para tentar diminuir o avanço do vírus e possibilitar o retorno das atividades o mais rapidamente possível”, mas que um novo levantamento da opinião dos associados mostrou que a maioria é contra a manutenção do fechamento dos estabelecimentos, por isso a entidade pede, no documento, que o prefeito autorize a reabertura imediata das lojas que não foram incluídas no decreto.
A presidente da CDL, Sheila Lemos, que desde o início defendia uma decisão equilibrada, que levasse em conta, prioritariamente, a saúde e a vida das pessoas, mas pudesse evitar consequências drásticas para a economia, já bastante crítica. No ofício ao prefeito, a CDL deixa a critério de cada lojista reabriu ou não, caso Herzem Gusmão o pleito da entidade. “Caso algum comerciante não reconheça o momento como propício ou seguro para abrir as portas, ele pode optar por não abrir ou abrir parcialmente o seu estabelecimento. Ficando a decisão a critério do empresário”, destaca o documento enviado ao prefeito.
Herzem deve decidir ainda hoje sobre o pleito dos comerciantes. Também poderá estar na medida a decisão sobre funcionamento de restaurantes, bares e similares, Neste tocando, o prefeito tem duas opções sobre a mesa: autorizar a reabertura a partir da manhã do sábado (28), com obrigação de medidas como redução do público e espaçamento mínimo de mesas (dois metros); ou manter o fechamento por mais sete dias.
Fonte Blog do Girolando Lima.