Prefeitura discute racismo e violência letal contra juventude negra

 

A roda foi promovida pela Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente

Na última quarta-feira (04), no auditório da Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social realizou uma roda de conversa com os jovens do Projeto Cidadão Aprendiz com o tema: “Racismo e violência letal contra juventude negra”.

A ação “Proteção à vida dos adolescentes e contra a violência” faz parte da atividade do Selo Unicef e tem o objetivo de refletir acerca da quebra de paradigmas da sociedade que sustenta a discriminação e o preconceito racial contra negros, tendo como consequência a violência letal. A roda teve como facilitadora a analista do Tribunal de Justiça da Bahia, Karla Tavares.


Durante o encontro, os jovens falaram sobre suas experiência com as situações de racismo

Segundo dados do Atlas da Violência 2019, no Brasil houve um agravamento no homicídio de jovens (15 a 29 anos), sobretudo homens. O negro, especialmente os homens jovens negros, é o perfil mais frequente de homicídios no Brasil, sendo muito mais vulnerável à violência do que o não-negro. “Essa também é uma realidade dos jovens conquistenses, por isso, a necessidade da promoção de encontros como esses para debater o tema e buscar soluções de prevenção e garantia dos direitos dos adolescentes”, ressaltou a coordenadora da Rede de Atenção e defesa da Criança e do Adolescente ,Camilla Fischer.

Para Karla Tavares, esse é um problema que deve ser enfrentado por toda sociedade: “o desafio é a modificação dessa realidade, mostrar o problema e apresentar vias para solução, evitando que mais mortes de jovens negros aconteçam”.


Jônata aprovou a iniciativa

Durante o encontro, os participantes puderam se expressar contando um pouquinho de sua vivência com o racismo. Jônata Santos (17), morador do bairro São Pedro 2, trabalha como jovem aprendiz na Coordenação de Igualdade Racial e acredita que eventos como esse são importantes para que eles sejam ouvidos. “Eu quero ser ouvido, escutado e respeitado”, comentou Jônata.

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