O Sindicato dos Petroleiros na Bahia (Sindpetro) estima que cerca de 400 trabalhadores perderão o emprego com a decisão da Petrobras de encerrar atividades de oito sondas de produção terrestre, pertencentes à empresa Perbrás, que presta serviço na Bahia.
Apesar da estimativa, a entidade sindical prevê que o número chegue a 600, pois poderá impactar trabalhadores subcontratados nas atividades de transporte, alimentação e hotelaria. O Sindpetro também manifestou preocupação, em nota, com os efeitos na economia e orçamento de diversos municípios, principalmente Alagoinhas, Catu, Entre Rios, Araçás e Esplanada, cidades que sofrerão com a queda da arrecadação do ISS e dos royalties.
“Essas demissões se somam a centenas de outras que estão sendo efetuadas desde que a atual gestão da Petrobras deu início ao seu projeto de desmonte da estatal na Bahia. De outubro do ano passado até agora foram demitidos cerca de 400 empregados terceirizados que prestavam serviço na FAFEN, 150 que atuavam na sonda de perfuração 109, além de aproximadamente mil trabalhadores que deverão ser demitidos quando o edifício Torre Pituba (sede administrativa da Petrobrás) for totalmente desativado, o que deve acontecer até o mês de junho”, diz o sindicato.
Para o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, as desativações e fechamentos de unidades e sondas de petróleo “estão sendo feitas a partir de uma decisão política, sem amparo técnico nem econômico, tomada pelo governo federal e executada pela direção da estatal”.
“Os poços estão dando bons resultados e o seu custo de produção é cada vez menor. Esses equipamentos poderiam continuar em operação atendendo as necessidades da própria estatal e contribuindo com o desenvolvimento local, além do fortalecimento da economia baiana”, argumenta o dirigente.
Fonte: A Tarde