Profissionais dos setores de Controle de Endemias e Zoonoses da Diretoria de Vigilância em Saúde de Vitória da Conquista participaram da Oficina de Atualização Regional Nordeste sobre as ações de vigilância, prevenção e controle da Febre Amarela como preparação para o período sazonal de 2019/2020. O evento foi promovido na última semana pelo Ministério da Saúde na cidade de Ilhéus e reuniu representantes de vários municípios do Nordeste.
O objetivo da oficina foi a preparação dos serviços de saúde, envolvendo o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e também os municípios, para elaborar um plano de ação para o cenário de introdução e dispersão do vírus nessa região. “A nossa ideia, antes desse cenário de dispersão do vírus para região nordeste, é que a gente qualifique as nossas atividades, elabore um plano de ação regional e possa ter uma resposta mais efetiva, minimizando o impacto de um possível cenário de expressão do vírus nessa região”, explica, Rodrigo Said, Coordenador Geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Nesse sentido, a atividade serviu também para discutir as diretrizes para intensificação das ações de vigilância e qualificar as equipes para vigilância das epizootias, doença que ocorre em uma população animal. Além disso, abriu discussão para um plano de imunização da vacina da febre amarela, a possibilidade de monitoramento de eventos adversos pós-vacinais dentro desse cenário e a amplificação das ações de prevenção e mobilização no Nordeste.
De acordo com Luís Cláudio, coordenador do Setor de Controle de Zoonoses, a intenção é fazer com que o serviço público de saúde atue na parte de vigilância e prevenção. “A Bahia vai fazer um plano de ação para evitar o surto de febre amarela dentro do Estado, intensificando a vacinação e fazendo busca ativa de pessoas não vacinadas para que todos estejam protegidos”, explicou o coordenador.
Sobre a Febre Amarela – Segundo Rodrigo Said, o Brasil hoje vem passando por um processo de dispersão do vírus da Febre Amarela que se iniciou em 2014. O vírus se deslocou para região Extra-amazônica atingindo a costa leste em estados da região Sudeste e Sul, áreas com baixa cobertura vacinal ou sem recomendação da vacina da Febre Amarela, e isso ocasionou um surto de maior impacto na série histórica da Febre Amarela no país.
Fonte: PMVC