Extensão do dano causado por óleo no Nordeste é inédita, diz Marinha

A Marinha —responsável pelas investigações sobre a origem do óleo que atinge praias em toda a região Nordeste— informou nesta terça (8) que conta com cinco navios e uma aeronave para patrulhar a região em busca das causas do vazamento. O esforço envolve 1.583 e conta também com embarcações e viaturas das Capitanias dos Portos estaduais.

De acordo com a publicação, entre as hipóteses investigadas estão naufrágio ou derramamento acidental do petróleo. Por outro lado, são consideradas remotas as possibilidades de vazamento de petróleo do subsolo ou lavagem de tanque em navios, diante do volume de óleo recolhido nas praias atingidas.

A Marinha abriu um inquérito para investigar a ocorrência, que classificou como “inédita”, já que “atinge grande parte de nosso litoral”. A Polícia Federal vem atuando na área criminal e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) coordena os trabalhos de recolhimento das borras de petróleo.

Os primeiros relatos da presença de óleo na região foram confirmados no dia 2 de setembro, mas até agora sua origem permanece um mistério. De acordo com o Ibama, 138 localidades em nove estados já foram atingidas. Em seu último boletim, o instituto contabiliza dez animais mortos por contato com o óleo.

De acordo com a Marinha, as investigações incluem inspeções ao longo da costa, patrulha naval nas áreas com poluição mais recente e analises do tráfego mercante com o monitoramento de navios que passaram por águas jurisdicionais brasileiras.

“Nesse processo, são analisados os dados do tráfego marítimo, as informações de patrulha de navios e aeronaves da Marinha Brasileira, simulações computacionais sobre as influências de corrente no Atlântico Sul e análise dos perfis químicos dos resíduos coletados”, disse, em nota, a Marinha.

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