O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,4 ponto na passagem de junho para julho, para 87,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, porém, o indicador recuou pela quinta vez consecutiva, em 1,8 ponto, para 86,5 pontos.
“Em julho, o IAEmp registrou a segunda melhora consecutiva, algo que não acontecia desde o início de 2018. A alta de 1,2 ponto no bimestre, contudo, é ainda tímida diante das perdas de 15,3 pontos de janeiro a maio. O cenário de recuperação do mercado de trabalho deve persistir em ritmo gradual nos próximos meses”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,0 pontos em julho, para 92,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador encolheu 0,7 ponto, após subir nos três meses anteriores.
“A melhora do ICD mostra que os consumidores têm enxergado o mercado de trabalho de forma um pouco mais favorável que nos últimos meses. O indicador continua em nível elevado, assim como a taxa de desemprego do país, mas excetuando-se fevereiro de 2019, este é o melhor resultado desde agosto de 2015. Ainda é preciso cautela, mas é boa notícia que o indicador volte a sinalizar uma tendência negativa para o desemprego”, completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, quatro dos sete componentes contribuíram positivamente para o resultado de julho, com destaque para o Indicador de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses no setor de Serviços, que subiu 6,3 pontos. Entre os três itens que contribuíram negativamente está o que mede a situação atual dos negócios na Indústria, que recuou 6,3 pontos.
No ICD, todas as classes de renda apresentaram queda, com destaque para os consumidores com renda familiar mensal até R$ 2.100.00 (-4,8 pontos) e que recebem acima de R$ 9.600.00 (-3,4 pontos).
Fonte: A Tarde