Alguns moradores da cidade de Coronel João Sá, no Nordeste baiano, voltaram a ter acesso às casas nesta sexta-feira, 12, um dia depois que a barragem do Quati transbordou e inundou as ruas do município, causando prejuízos à população. Segundo o agente da defesa civil local Diego Santos, a situação está melhor. “A barragem parou de sangrar e a água já está baixando na cidade. Tem pontos que ainda estão isolados, mas os moradores já estão voltando para suas casas. No entanto, os prejuízos são incalculáveis”, afirma.
Policiais e bombeiros trabalham junto com a Defesa Civil para saber os locais atingidos e como está a situação da segunda barragem: “Estamos fazendo levantamento com a policia militar, fazendo o mapeamento. Até o momento, estamos sem saber a situação da segunda barragem”, informa Diego Souza.
Apesar do volume de água, não há relatos até o momento sobre mortos ou feridos. A cidade de Coronel João Sá foi uma das mais atingidas pelo vazamento da água. As escolas públicas da cidade foram disponibilizadas para os desabrigados.
A prefeitura de Pedro Alexandre decretou situação de emergência e calamidade por conta da dificuldade de acessar os locais alagados e o número de desabrigados na cidade. “Vamos fazer uma avaliação para ver o que aconteceu. Nós vamos dar todo apoio necessário para estas famílias, declarou o prefeito Pedro Gomes Filho.
A barragem se rompeu por volta das 11h, desta quinta-feira, no distrito de Quati, no município de Pedro Alexandre. O motivo de ter transbordado foi o galgamento de uma barragem menor, localizada acima da barragem de Quati, que se rompeu. Assim, as duas ombreiras da barragem, direita e esquerda, sofreram com rachaduras, liberando a água do reservatório, segundo a Defesa Civil do Estado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 48 agentes já estão nos municípios de Coronel João Sá e Pedro Alexandre. A tropa atua no resgate às pessoas que estão desalojadas ou desabrigadas. As equipes, compostas também por mergulhadores, fazem buscas nas áreas atingidas
Uma estrutura foi organizada para ajudar na operação. Foram levados para os locais atingidos cinco caminhonetes 4×4, um microônibus, botes, boias, coletes, roupas de neoprene e cordas. “Estamos atuando com força total, dando suporte à população. Ficaremos com efetivo reforçado na região por tempo indeterminado”, informou o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.
Outros militares estão de prontidão para seguirem para as cidades atingidas em caso de necessidade.