Presos na 51ª fase da Operação Lava Jato, três ex-gerentes da Petrobras estão negociando delações premiadas. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, são eles: Ulisses Sobral, Aluísio Teles, ambos com atuação na área internacional, e Rodrigo Pinaud – este último cuidava de licitações nas áreas de meio ambiente e saúde.
Ainda segundo a publicação, caso os três selem a colaboração, os alvos devem ser políticos do MDB e PT.
Deflagrada em maio deste ano, a 51ª fase da Lava Jato, batizada de Dejà Vu, mirou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no contrato PAC-SMS, selado em 2010 entre a área internacional da Petrobras e a Odebrecht para prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde em nove países, além do Brasil. O valor do contrato foi de mais de US$ 825 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o repasse de propina por meio de irregularidades nos contratos superou 56,5 milhões de dólares, equivalentes a R$ 200 milhões, e se estendeu de 2010 a 2012. A propina, de acordo com a acusação, foi recebida por executivos da estatal e agentes que se apresentavam como intermediários do MDB.