O corpo do jornalista Audálio Dantas é velado nesta quinta-feira (31) em São Paulo. Dantas, um dos ícones do jornalismo brasileiro, tinha 88 anos e morreu após batalha contra um câncer no intestino diagnosticado em 2015.
Ele veio a óbito na tarde desta quarta-feira (30) no Hospital Premier, na capital paulista. Dantas foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo em 1975, ano do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, morto durante o regime civil-militar [1964-1985]. Audálio foi um dos responsáveis por denunciar a tortura e morte de Herzog no DOI-CODI, aparato de tortura do regime, o que contrariava a versão oficial do governo que afirmava oficialmente de caso de suicídio. Após presidir o sindicato de jornalistas, Dantas deixou o cargo em 1978 para se tornar deputado federal. Alagoano de Tanque D’Arca, Audálio começou a carreira jornalística em 1954, como repórter do jornal “Folha da Manhã” (atual “Folha de São Paulo”). Cinco anos depois, foi para a revista “O Cruzeiro”. Na revista de Assis Chateaubriand foi redator e chefe de reportagem.