PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Na véspera de seu julgamento pelo TRF -4 (Tribunal Regional da 4 Região), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou tranquilizar seus aliados na noite desta terça-feira (23).
Sobre o palanque montado na Esquina da Democracia no centro de Porto Alegre, Lula afirmou que, independentemente do resultado, sabe que “essa é uma luta política que não acaba amanhã”.
Amigo do ex-presidente, o ex-ministro Jaques Wagner tentou descrever o estado de espírito de Lula:
“Ele está indignado. Mas muito determinado a continuar a caminhada para provar a inocência dele”, disse Wagner.
Vice-presidente do PT, o ex-ministro Alexandre Padilha diz que, se não produziu uma reversão da tendência de condenação de Lula, o ato desta terça-feira é uma “vitória política”.
“O impacto daqui é político. Toda a esquerda se uniu em defesa do direito de Lula concorrer”, disse Padilha, contabilizando em 70 o número de correspondentes estrangeiros em Porto Alegre.
Vice-presidente, Márcio Macedo – que acompanhou Lula no voo a Porto Alegre – ressalta o apoio de juristas a Lula.
“A única sentença que espero é da absolvição. Aponte um jurista a favor da condenação sem provas. Não há crime. Portanto não há provas”.
Por de trás das demonstrações de otimismo, petistas e colaboradores do ex-presidente torcem para que haja um pedido de vistas do processo para melhor análise do processo.
Advogado de Lula, Cristiano Zanin afirma que a defesa “não tem como antecipar o que vai acontecer”.
“Mas nossa firme expectativa é que haja a reversão da sentença”.
Fonte: Folhapress