As empresas estabelecidas na China por entidades e cidadãos norte-coreanos terão que fechar as portas antes de meados de janeiro, anunciou o ministro chinês do Comércio nesta quinta-feira (28), em função da aplicação da última série de sanções aprovada pela ONU.
O ministério informou que as empresas têm 120 dias para fechar, a partir da adoção da resolução 2375 por parte do Conselho de Segurança em 11 de setembro. A medida também afeta joint ventures com companhias chinesas.
Apenas ficarão de fora da medida as organizações não comerciais ou envolvidas em infraestruturas de serviço público, que serão examinadas “caso a caso”, segundo o ministério.
A resolução 2375, que Pequim apoia, ratifica o oitavo pacote de sanções da ONU contra o regime Kim Jong-Un, principalmente com a proibição do abastecimento de petróleo.
A resolução foi adotada após o sexto teste nuclear realizado por Pyongyang, em 3 de setembro, o mais potente até hoje, que provocou um violento tremor que foi sentido no nordeste da China. O regime norte-coreano anunciou o teste com sucesso de uma bomba de hidrogênio.
Pequim, responsável por fornecer praticamente todo o petróleo consumido na Coreia do Norte, havia confirmado no sábado que limitaria drasticamente as exportações de produtos petroleiros refinados ao país vizinho.
Em decorrência do pacote de sanções anterior, a China proibiu no fim de agosto que empresas e cidadãos norte-coreanos estabelecessem novas empresas em seu território. Além disso, alguns bancos chineses começaram a rejeitar clientes norte-coreanos.
Pequim, que assegura aplicar as sanções da ONU “em sua integridade”, defende, no entanto, a busca de uma solução “pacífica” para a crise.
A China defende uma retomada das negociações de paz e propõe uma “dupla moratória”: a interrupção simultânea dos testes balísticos e nucleares de Pyongyang e das manobras militares conjuntas da Coreia do Sul e Estados Unidos.
Fonte: Istoé