Na manhã desta terça-feira (27), uma “manobra”, como descreveu o jornal Correio da Bahia, feita pelo governo Jerônimo Rodrigues (PT), frustrou a tentativa do deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) de concorrer ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Sem apoio mínimo de 13 parlamentares para ser postulante ao TCM, Fabrício Falcão pediu que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) o inscrevesse para competir pelo posto. Por enquanto, só há dois nomes na disputa: o deputado estadual Paulo Rangel (PT) e o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos).

A Mesa Diretora, composta por oito deputados, iria se reunir para decidir sobre a candidatura de Fabrício Falcão na última terça-feira (27). No entanto, uma estratégia do governo impediu que houvesse quórum para a reunião.

Para a realização do encontro, eram necessários pelo menos cinco deputados presentes, mas apenas três compareceram, incluindo dois da bancada de oposição que apoiavam a aspiração de Fabrício Falcão. O deputado expressou sua decepção com a situação, ressaltando sua lealdade ao governo: “Fico triste porque eu sou um dos deputados mais leais ao governo. Nunca faltei. Eu só queria ser candidato e me foi negado. É uma vergonha essa articulação política que fizeram”, declarou ao Correio da Bahia.

Com a retirada de Fabrício Falcão, o governo busca consolidar Paulo Rangel como conselheiro do TCM, marcando o quarto nome do PT no tribunal, caso aprovado pela Alba. Atualmente, são ligados ao partido na Corte de Contas: Ronaldo Sant’Anna, Aline Peixoto e Nelson Pelegrino