A chuva da tarde desta quarta-feira (24) durou cerca de uma hora em Vitória da Conquista, entre 15h e 16h. De acordo com os pluviômetros monitorados pela Defesa Civil, a precipitação acumulou uma média de 12,97 milímetros nas áreas da zona urbana alcançadas pelos aparelhos. Na região central da cidade, a chuva chegou a 10,83 milímetros. A área mais atingida foi o bairro Patagônia, onde o pluviômetro local registrou um acúmulo de 14,83 milímetros.
A equipe da Defesa Civil se deslocou até o bairro Campinhos, considerado uma das áreas críticas em termos de potenciais transtornos provocados por chuvas, a fim de verificar a situação. Segundo o diagnóstico, não houve consequências graves. No canal de drenagem do local, as águas pluviais escoavam normalmente. “Já verificamos todos os canais, do início até o final dos Campinhos, e tudo está com um fluxo de água normal”, informou a coordenadora da Defesa Civil, Rosa Freitas.
Segundo ela, essa situação positiva se deve ao trabalho de prevenção que a Prefeitura realiza desde o ano passado. “É um resultado do trabalho preventivo que a Prefeitura vem fazendo em toda a cidade. Inclusive, nos pontos que temos mapeado, que são pontos críticos. E o bairro Campinhos é um deles. A gente vem monitorando todo o tempo”, explicou a coordenadora.
No caso dos Campinhos, o Governo Municipal mobilizou setores das secretarias municipais de Infraestrutura Urbana (Seinfra), de Serviços Públicos (Sesep) e a Central de Equipamentos (Deserg), a fim de preparar a infraestrutura de drenagem do bairro para resistir ao impacto das chuvas que viriam.
No final de 2023, as máquinas operaram na localidade durante dois meses, alargando o diâmetro do canal e realizando um minucioso trabalho de limpeza e desobstrução, com a retirada da vegetação e de resíduos em geral – o que permitiu que as águas que vinham do Parque das Lagoa das Bateias, por exemplo, escoassem por ali de forma eficiente.
O resultado dessa intervenção, como se verificou no pós-chuva de hoje, foi a ausência de transtornos causados pelas tempestades. “O Governo Municipal passou aqui dois meses com todas as máquinas, trabalhando na drenagem e fazendo a limpeza dos canais. E o resultado surgiu agora, na chuva, como vimos. Não teve aquele impacto das chuvas passadas”, disse a coordenadora, mencionando os prejuízos causados pelo excesso de chuvas em 2021, 2022 e 2023.
‘A ponte não inundou igual aos outros anos’, disse moradora
Isso foi comprovado pela autônoma Maria da Glória da Cruz, moradora da rua São Jorge, que passa sobre um trecho do canal de drenagem. Cerca de uma hora após a chuva estiar, o fluxo das águas seguia tranquilamente por baixo da pequena ponte ao lado da casa de Maria da Glória. Ela garantiu que, desta vez, a situação pós-chuva nem se compara ao que vinha ocorrendo nos últimos dois anos.
“No meu ponto de vista, teve melhoras. Porque, nas duas últimas chuvas de dezembro de 2022 e de 2023, a gente aqui, mesmo, alagou tudo. A água entrou aqui na minha casa, entrou na casa da vizinha, e inundou tudo”, relatou. “E este ano, até agora, graças a Deus, a água subiu até um ponto ali na ponte”, prosseguiu a moradora. “Até aqui, a ponte não inundou igual aos outros anos”.