Há mais de 10 meses sem um volume significativo de chuvas, Vitória da Conquista enfrenta um período preocupante de estiagem. Para viabilizar possibilidades de contornar essa situação, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, promoveu nesta terça-feira (5), uma reunião com diversos órgãos ligados ao setor agropecuário do município.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Breno Farias, o encontro foi realizado para discutir as dificuldades que acometem o agricultor, o homem do campo e da cidade. “Os pastos já se findaram quase todos, o alimento para os animais está se acabando e o produtor rural tem sofrido muito com esta seca”, destacou.
Como resultado da reunião, foi proposta uma audiência pública na Câmara Municipal para reverberar a causa frente à órgãos estaduais e federais, ligados à agricultura, na tentativa de buscar incentivos e ações para auxiliar os produtores nesse período de estiagem. O secretário ainda destacou que o produtor rural precisa de ração e milho subsidiado, para não perder o rebanho e, consequentemente, a renda.
Entre 2021 e 2022, Vitória da Conquista vivenciou fortes chuvas que danificaram estradas e barragens. Já este ano, devido ao fenômeno climático El Niño, que provoca a estiagem no Norte-Nordeste, o município está há quase um ano sem chuvas expressivas. Como resultado, a produção agrícola não alcançou rendimento satisfatório se comparado com outras safras, causando prejuízo econômico.
A reunião também teve o objetivo de unir forças com outros órgãos para solicitar às instituições financeiras, a exemplo do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil, a prorrogação das dívidas dos produtores. “Nós estamos em estado de emergência desde o final de setembro”, relatou o secretário.
Além disso, o encontro pautou ações nos pequenos barramentos, aguadas e lagoas, que estão, em sua maioria, praticamente secas. Visando amenizar essa situação, a Secretaria de Desenvolvimento Rural está intensificando o trabalho com as retroescavadeiras pelo município, para, quando chover, armazenar água. As barragens que ainda têm água estão servindo para a agricultura, os animais e, em alguns casos, para o abastecimento humano.
Participaram da reunião também, o coordenador de Fomento à Agricultura Familiar, Eduardo Barreto, a coordenadora de Abastecimento, Joana Darc Santos Ribeiro, e os servidores municipais Gustavo de Barros e Leonel Assis. Também estavam presentes, os representantes do Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais, Júnior Figueredo; do Senar, César Magalhães; da Coopmac, o vice-presidente, Fábio Pirajá, Wilson Gomes Grisi e Milena Fernandes; Defesa Civil, Gabriel Queiroz, e Aprolsuba, Maurício Canário de Sena.