“[Neste período de chuvas], o Governo Municipal está preparado para dar todo o apoio à população. A Defesa Civil Municipal está com três equipes trabalhando 24 horas e os Cras estão todos preparados estão todos preparados para atender”, essa foi a garantia dada pela prefeita Sheila Lemos em entrevista aos radialistas Humberto Pinheiro e Washington Rodrigues, do programa Sudoeste Agora, da Rádio Clube FM.
A gestora assegurou que equipes e máquinas da Prefeitura estão prontos para entrar em ação quando houver qualquer emergência, Na semana passada, ele esteve com técnicos da Prefeitura verificando, pessoalmente, os locais mais atingidos pelas águas.
Ela estava acompanhada do secretário de Infraestrutura Urbana, Jackson Yoshiura, e do secretário de Serviços Públicos, Kairan Rocha, que coordena o comitê gestor de crise criado em razão da chuvas, que informou ter chovido mais de 400mm no município em cerca de 45 dias, sendo 100 mm somente na quinta-feira (15), quando em Vitória da Conquista, a precipitação média anual é de 800 mm, conforme destacou a prefeita.
Ela também esclareceu pontos que estavam sendo explorados politicamente pela oposição, com fake news sobre situações inverídicas. Foi o caso de um incidente na Rua Diogo Álvares Correia, localizada no loteamento Vila América, quando uma parte da pista cedeu com o peso de um caminhão de lixo que passava no local.
Ao contrário do que foi publicado em redes sociais de vereadores de oposição, o local onde o asfalto cedeu é um canal de drenagem construído entre 2013 e 2014, não se tratando portanto, de obra feita pela atual gestão.
A prefeita Sheila Lemos verificou, pessoalmente, os locais mais atingidos
O secretário Jackson Yoshiura, explicou que na drenagem do Vila América foi identificado um problema em toda a sua extensão, que acaba ocasionando incidentes como o registrado com o caminhão coletor de lixo. “A drenagem foi feita, recebe a água da chuva, mas não foi feita a saída, não leva a água a lugar nenhum”, detalhou.
Para começar a corrigir esse problema, a Prefeitura iniciou a obra de recuperação da rede de drenagem da Rua Diogo Álvares Correia, no mês de outubro, em um ponto distante daquele onde ocorreu o rompimento. “A gente vem trabalhando exatamente na Diogo Álvares, de trás para a frente. Identificamos aquele primeiro problema na Diogo Álvares e vamos trabalhar na Francisco Sabino, e recuperar os ramais assim como aquele que se rompeu ontem”, garantiu o secretário.
A prefeita ainda comentou que a estrutura de drenagem que se rompeu no bairro Conveima é de uma obra realizada em 2016, e não do trabalho executado pelo ex-prefeito Herzem Gusmão em 2019, como foi explorado pela oposição, sem demonstrar qualquer interesse de pesquisar a verdade para informar à população.
Monitoramento
Sheila Lemos informou que a Prefeitura está monitorando a situação em todas as regiões do município, em especial as áreas que sofreram mais no final do ano passado, a exemplo dos povoados de Caiçara, Itapirema, Vereda e Cachoeira das Araras. Em São João da Vitória (Batuque) foi realizada a limpeza dos canais para evitar inundação na avenida principal.
Na comunidade quilombola de Barreiro, onde algumas famílias precisaram ser resgatadas por helicóptero do Exército no ano passado, por conta da cheia do Rio Pardo, a Prefeitura já ofereceu às famílias um abrigo temporário na sede do distrito de Inhobim, ainda que o volume de água neste momento não ofereça riscos aos moradores.
O coordenador do Comitê de Crise, Kairan Rocha, falou sobre a atenção voltada à zona rural. “Não deixamos nenhum paciente que precisa fazer tratamento na zona urbana do município sem transporte, acionamos nossos veículos 4×4 para que pudessem buscar esses pacientes em locais de difícil acesso”, disse.
Destaque também para o trabalho realizado na Fazenda Paixão, no bairro da Lagoa das Flores, que foi um dos pontos que mais sofreram com os efeitos dos temporais do ano passado. Lá, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana está realizando o bombeamento para reduzir o volume da lagoa que se forma com o acúmulo de água da chuva.
No bairro Guarani, foi iniciada, no fim de outubro, a obra de contenção da encosta, onde houve deslizamento de terra no final de 2021. Com o atraso no repasse dos recursos do Governo Federal para executar o trabalho, diante dos riscos com a volta das chuvas, a Prefeitura destinou R$ 1,6 milhão de recursos próprios para sanar o problema.
Situação de emergência
A prefeita também foi indagada sobre o decreto que declara situação de emergência em Vitória da Conquista. A gestora explicou que a medida foi tomada após mapear e avaliar as áreas prejudicadas. “Vamos alimentar o sistema da Defesa Civil Nacional, para que venha ajuda, como no ano passado, quando recebemos ajuda humanitária com cestas básicas, colchão para os desabrigados e desalojados. Por isso, a gente precisou decretar situação de emergência no município”, afirmou. “Se Deus permitir, não vai ter a mesma proporção que ano passado, mas estamos preparados”, finalizou a prefeita de Vitória da Conquista.
