O Governo Municipal apresentou, na tarde desta segunda-feira (25), uma contraproposta à reivindicação de aumento salarial dos 198 monitores escolares em atuação na Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Em reunião com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserv) e representantes dos monitores, a prefeita Sheila Lemos, apresentou uma proposta de um piso no valor de R$ 1.731,74 e um interstício de 4% de acréscimo a cada quatro anos de serviço.
Dessa forma, a grande maioria dos monitores, que possui entre cinco e nove anos de atuação no serviço público municipal, terá direito a um salário de R$ 1.801,01.
Com 25 anos de serviço, o profissional poderá atingir R$ 2.106,93 – fora os acréscimos, como os adicionais por nível universitário, pós-graduação, etc.
A prefeita Sheila Lemos, que estava acompanhada pelos secretários Edivaldo Ferreira Júnior, de Gestão e Inovação, e Edgard Larry, de Educação, mencionou as dificuldades enfrentadas para acatar as solicitações. Referiu-se, por exemplo, à cautela utilizada para lidar com os gastos públicos, observando-se os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Com os pisos que o Governo Federal vem colocando, as prefeituras estão se esforçando para cumprir. Algumas estão tendo que demitir. Outras não estão cumprindo”, observou Sheila, reiterando que houve esforços, por parte do Governo Municipal, para acatar o que fosse possível, em meio aos pedidos de melhorias feitos pelos monitores.
“Podem ter certeza de que aquilo que for possível fazer, para valorizar o servidor, nós vamos fazer. Só não podemos colocar o chapéu onde o braço não alcança. Nós procuramos fazer o melhor, e se não for o melhor, fazemos o que é possível no momento”, concluiu a prefeita.
Quanto à elaboração de um plano de carreira, que era uma das principais reivindicações dos monitores, o secretário Edivaldo Junior afirmou que se trata de algo previsto para breve. “Neste primeiro momento, não houve a possibilidade de encaminhamento do plano de carreira para a Câmara de Vereadores, em razão de uma necessidade de unificar os profissionais da área da educação em um plano de carreira que vai ser encaminhado no próximo ano”, informou.
Para a monitora Mônica Coelho, que trabalha na Escola Municipal Iara Cairo de Azevedo, no bairro Guarani, a proposta pode ser considerada um avanço. “Estamos sendo sensíveis e compreendendo as possibilidades financeiras da Gestão Municipal. E pedimos a vocês [da administração municipal], também, que tenham um olhar sensível para a nossa categoria”, disse Mônica durante a reunião.
A proposta feita pela Prefeitura será apresentada aos monitores em nova assembleia. Segundo a presidente do Sinserv, Lúcia Chagas, que pôs o sindicato para intermediar as negociações, o equilíbrio foi responsável pelos encaminhamentos da reunião de hoje. “Queremos agradecer a vocês [da Prefeitura]. Através do diálogo é que conseguimos as coisas”, disse Lúcia.