Uma parceria entre a Prefeitura de Vitória da Conquista e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) poderá proporcionar fertilizantes gratuitos a pequenos agricultores do município. Esse projeto foi o assunto da reunião entre representantes das duas instituições, realizada na tarde desta segunda-feira (18).
O fertilizante será produzido a partir do sedimento popularmente conhecido como “lodo”, altamente rico em nutrientes, acumulado nas duas unidades de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Embasa. Atualmente, a empresa produz 30 toneladas do sedimento todos os dias. O procedimento de transformá-lo em adubo, mais sustentável e bastante benéfico para os pequenos agricultores, foi uma proposta do ex-prefeito Herzem Gusmão.
“Primeiramente, a gente vai fazer um estudo do solo, pra ver se existe essa possibilidade de o lodo da Embasa dar certo com as lavouras, plantações, já que não são todas as culturas que podem utilizar o lodo”, explicou o secretário de Desenvolvimento Rural, Luís Paulo Santos.
O lodo deve ser testado inicialmente em culturas de umbu gigante, café e mandioca. “Para que, no futuro próximo, a gente possa entregar esse material para auxiliar o agricultor em suas adubações e tornar Conquista uma cidade cada vez mais sustentável. Esse projeto é muito importante, principalmente pros pequenos agricultores, pois eles têm um pouco de dificuldade de acesso a adubos químicos”, afirmou o coordenador municipal de Agricultura Familiar, Eduardo Castro.
A gerente da Embasa, Paloma Andrade, falou sobre a importância da parceria. “A Embasa tem total interesse hoje em utilizar o lodo de uma forma nobre, e não apenas descartar ele em aterro. A Prefeitura vem nos ajudando a conduzir esse processo, nos trazendo possíveis interessados pra gente conduzir, isso vai nos ajudar a pegar essa matéria-prima, que é nobre, e utilizar ela na agricultura, e assim os fazendeiros terem o menor custo com a produção deles”, ponderou.
Na segunda-feira (25), técnicos da Prefeitura e da Embasa irão até o distrito de José Gonçalves, onde está localizada uma das ETE’s. Lá, serão iniciados os estudos com o sedimento aplicado às plantações, como também avaliada a destinação da água de reuso, produzida durante o tratamento do esgoto.