Um homem de 45 anos, acusado de matar a pauladas uma garota de 11, foi condenado na terça-feira (28) a 30 anos e 10 dias de prisão pela Justiça de Cariranha, no Sudoeste baiano. Joaquim José da Silva foi considerado culpado pelo júri popular pela morte de Iara da Paixão Souza. O crime aconteceu em março de 2018, no município de Malhada, também na região sudoeste. Iara pedalava em direção à escola onde estudava, no distrito de Canabrava, zona rural de Malhada, quando foi abordada pelo homem. Ela foi agredida e, à época, levantou-se a suspeita de que também havia sido violentada sexualmente. Minutos depois da violência, um morador da região, que passava pelo local do crime, escutou gemidos vindos de uma área próxima a um riacho. O popular se aproximou de uma vala, e, lá, avistou a garota com diversos ferimentos espalhados pelo corpo. A criança foi socorrida e encaminhada para um hospital de Guanambi, a cerca de 110 km de Malhada. Iara permaneceu internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com traumatismo craniano durante quatro dias, até não resistir a uma parada cardíaca. Joaquim José foi apontado como o principal suspeito do crime porque ele foi visto por uma testemunha com o boné sujo de sangue e com arranhões pelo corpo. Durante o júri, ele negou a autoria do crime e afirmou que sofria com “perseguição política”. O Ministério Público (MP), através do promotor Ariomar José Figueiredo da Silva, se manifestou pela condenação do réu por matar a garota a pauladas. Como não foi confirmado que a vítima foi estuprada, ele não foi condenado por esse tipo de violência. O homem já era conhecida da Justiça baiana, já que, em novembro de 2019, foi condenado a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo estupro de uma adolescente, também em Malhada.