Na manhã desta sexta-feira (27), familiares de Jackson Souza Oliveira, com apoio da Polícia Militar e do Verdinho Itabuna, conseguiram localizar o corpo do seu ente querido, o garçom Keno, que estava desaparecido há pouco mais de 48h.
O corpo de Keno estava enterrado em uma cova rasa feita em uma área de bambuzal, localizada entre as regiões conhecidas como Alto da Conquista e Vale do Sol, e apresentava sinais claros de tortura e indícios de requintes de crueldade, como um pedaço de madeira enfiado no olho, amordaçado, bastante ferido e com fratura na região do crânio.
Peritos do Departamento de Polícia Técnica de Itabuna iniciaram os procedimentos e removeram o corpo para exames necropciais que darão mais detalhes sobre a causa efetiva da morte do trabalhador. O caso ganha tons ainda mais misteriosos e a Polícia Civil inicia às investigações.
O que se sabe até agora
Jackson esteve envolvido em uma confusão no bairro Conceição, onde morou a vida toda. Em decorrência deste problema, teve que deixar o bairro e ficou hospedado na casa de uma colega de trabalho, no bairro Fonseca. No entanto, na noite de terça-feira (25), segundo o relato desta colega, ele se despediu, agradeceu a estadia e teria dito que iria pra casa de um amigo, sem dar mais detalhes.
Outra versão denunciada, entretanto, aponta para disparos de armas de fogo vindas do interior dessa casa onde Keno estava hospedado, lá mesmo no bairro Fonseca, e essa denúncia indica que ele pode ter sido morto, dento da casa. Essas são circunstâncias hipotéticas, e apenas a Polícia pode desvendar esse crime, que ganhou repercussão na mídia, nas redes sociais, na sociedade.
Ao que se sabe, Keno não tinha qualquer envolvimento com o crime organizado. Trabalhava há décadas como garçom, tendo servido com competência e gentileza em vários bares, restaurantes e caranguejarias de Itabuna. Fez da família, do trabalho e da capoeira suas paixões enquanto em vida.
Não é a primeira vez que um corpo é enterrado em cova rasa naquela região. Bandidos têm feito daquela área, local de “desova”. Em janeiro de 2020, por exemplo, Marcelo Nunes de Souza, 18 anos, foi assassinado e enterrado também naquela região. (Relembre aqui).
A Polícia Civil já tem nomes de suspeito de envolvimento com o crime, não divulgados, evidentemente, para não atrapalhar as investigações. O Verdinho Itabuna teve direta participação no decorrer deste caso é segue acompanhando de perto. Novas informações podem surgir a qualquer momento.
Fonte/foto: Verdinho de Itabuna