O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que torna permanente o complemento ao Auxílio Emergencial. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (19). Na versão original da medida provisória, o governo propunha a extensão de um complemento emergencial ao Auxílio Brasil apenas até dezembro de 2022.
Mas na Câmara dos Deputados, a proposta recebeu nova redação e o benefício que teria caráter temporário virou permanente. Um fato que, para o deputado Francisco Jr. (PSB-GO), veio em boa hora para os brasileiros que mais precisam. “Nós estamos num momento de retomada. Então, há necessidade de um auxílio especial para pessoa mais carente, para aquele que realmente se não tiver esse apoio por parte do governo federal vai chegar passar fome”.
Mais de 19 milhões de brasileiros passaram fome em dezembro de 2020, segundo o estudo “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil” da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Atualmente, o Auxílio Brasil é pago a 18,1 milhões de famílias.
Antes do complemento, o valor médio do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, era de R$ 224,00 por família. Para garantir o pagamento desse benefício, são gastos 47,5 bilhões anuais, segundo a Secretaria-geral da Presidência da República. Para bancar o complemento, serão necessários outros R$ 41 bilhões.
Fonte: Brasil 61 – Reportagem, Angélica Cordova