Ao visitar o Abrigo Lar Terceira Idade, no final da tarde desta segunda-feira (18), o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias, punha em prática uma política que vem sendo desenvolvida pelo Governo Municipal: estabelecer aproximação e apoio técnico com as organizações da sociedade civil que se dedicam a oferecer serviços socioassistenciais em Vitória da Conquista.
“Hoje, a gente cumpre a responsabilidade, enquanto poder público, de apoiar tecnicamente essas instituições, de modo a garantir aos usuários da Rede Socioassistencial o acesso a serviços de qualidade e que estejam em consonância com as diretrizes da política nacional de assistência social”, afirmou Farias, depois de conhecer as instalações do lugar e alguns dos residentes.
A diretora-presidente do abrigo, Luzinete Sousa, definiu como “um dia excepcional” o da visita do secretário Michael, acompanhado pela coordenadora de Proteção Social Especial, Cássia Lucena, e pela gerente de Apoio Técnico à Rede Socioassistencial Privada, Karine Leite. “Ninguém consegue fazer nada sozinho”, disse Luzinete. “Precisamos de parceiros. E não existe parceiro melhor que o poder público. Estamos felizes por essa visita”.
O encontro também foi bem avaliado pela advogada Samira Cordeiro, que também trabalha na instituição como voluntária, desde 2020. “Tudo o que foi dito aqui representa o nosso objetivo. Ficamos felizes por vermos que existe essa identificação”, afirmou Samira, para quem a profissionalização da rede de serviços socioassistenciais é uma necessidade, de acordo com o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC).
‘Não nos falta nada’
“Cuidam bem de nós aqui. Não falta nada”, disse ao secretário Michael Farias a residente Anita Pereira, que vive no abrigo há doze anos. Incluindo Anita, 13 pessoas moram no Abrigo Lar Terceira Idade. Definido legalmente como uma Instituição de Longa Duração para Idosos (ILPI), o abrigo acolhe pessoas idosas que estejam em situação de vulnerabilidade e risco social.
Em geral, os idosos são encaminhados à instituição pelas suas famílias, pelo Ministério Público e de forma excepcional e provisória pelos Centros de Referência de Assistência Social (Creas). A instituição se mantém graças a uma rede de voluntários e colaboradores – que custearam, por exemplo, a construção das novas instalações que ficaram prontas em dezembro de 2021.
Essa rede é formada por profissionais das áreas de medicina, enfermagem, psiquiatria, fisioterapia, nutrição, etc. Essa equipe garante a Anita e a seus companheiros de residência, além da assistência na área da saúde, atividades lúdicas como jardinagem, pintura, jogos e artesanato, entre outras. No mínimo, eles têm acesso a seis refeições por dia, além de terem direito a privacidade e armários individuais.
Oferta de serviço socioassistencial público
Graças a um plano de contingência cuidadosamente elaborado pela equipe ao longo de 2020, em parceria com as secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Saúde, o Abrigo Lar Terceira Idade conseguiu atravessar todo o período da pandemia do novo coronavírus sem que nenhum de seus residentes contraísse a Covid-19. A instituição cumpre as diretrizes estabelecidas pelo MROSC e, recentemente, conquistou uma cadeira no Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (CEPI). “A instituição pode ser privada, mas oferece um serviço socioassistencial público”, observou Michael Farias.