A maioria está em Conquista: Familiares cobram de Rui Costa inauguração do presídio de Brumado, prevista para o fim de julho

Familiares de presos que estão custodiados em presídios de Vitória da Conquista, Jequié e Salvador fizeram uma cobrança ao governo da Bahia, Rui Costa (PT) para que cumpra sua palavra com relação a inauguração da unidade prisional construída as margens da BR-030, em Brumado. Em julho deste ano, em ato de inauguração da Policlínica Regional de Brumado, o mandatário estadual chegou a dizer que o presídio seria inaugurado até o fim do mês, e no mais tardar, em agosto. No entanto, isso ainda não aconteceu. Em questionamentos feitos pela imprensa local, Rui Costa chegou a afirmar que a abertura do presídio, dependia no momento, apenas da empresa vencedora da licitação.

Em agosto deste ano, nossa equipe foi informada de que técnicos da suposta empresa estaria na unidade prisional de Brumado realizando uma suposta vistoria. Entretanto, nossa equipe não foi autorizada a falar com os funcionários. Enquanto a inauguração do presídio não sai, familiares desses custodiados sofrem para manter o mínimo de contato ou relacionamento com eles, como é o caso das companheiras.
Uma das mães que não vamos identificar nessa reportagem, ela conta que desde o início da pandemia da Covid-19, não consegue ver seu filho que está preso em uma unidade de Vitória da Conquista, a 130 km de Brumado. “Se fosse aqui em Brumado, todo dia eu visitava eu filho. Mas já faz três anos que não consigo ir lá, nesse mês que vou ver se já liberou o acesso. As autoridades não sabem, mas é muito difícil pra mim ter um filho preso, e além do mais, sou impedida de ver ele”, conta emocionada a mãe de um dos custodiados. E esposa de um dos presos também fala da dificuldade em ver o companheiro. Identificada apenas pelo prenome de Kátia, ela diz que as dificuldades são grande, com custos da passagem e alimentação. “Com o valor do transporte aumentando todo mês a nossa situação fica ruim. Toda vez que vô lá, tem que levar comida, agasalho porque lá é muito frio. Mas, eu também tenho que comprar as coisas pra eu e meu filho aqui em Brumado. E minha renda é som Bolsa Família”, disse a jovem. Enquanto não há uma definição por parte do Governo do Estado, essas famílias continuam com a angústia e o sofrimento. Apesar das particularidades de cada família, as vivências são expressas por sentimentos semelhantes.

Fonte:97 News

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