Uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre 2020 e 2021, o preço da cesta básica de alimentos chega a consumir 47,71% dos ganhos mensais das famílias com renda de um salário mínimo no Estado da Bahia. Em agosto deste ano, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de um salário mínimo de R$ 1.169 para 2022. O valor é R$ 69 maior que o salário mínimo atual, de R$ 1.100, e representa uma alta pouco maior que 6,2%. No estado, a média de uma cesta básica custa em torno de R$ 485,00. Segundo a pesquisa, nos 12 meses até agosto de 2021, o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese. Esse aumento nos alimentos também afeta o interior do Estado. Em Brumado, o site 97NEWS ouviu três pessoas de diferentes classes sociais. A aposentada Selma Cleide afirmou que assim que recebe a aposentadoria, sua preocupação é com as contas, em seguida o supermercado. “Eu já saio de casa pagando as contas essenciais e depois vou ao supermercado, e lá é que meu dinheiro acaba”, conta. Pra ela, mesmo que haja uma proposta de um salário mínimo de quase R$ 1.200, com os preços em alta, o salário continua baixo. “A proposta dos governantes deveria ser em reduzir o preço das coisas, porque antes mesmo de anunciar o salário, as empresas colocam os preços dos produtos lá em cima”, disse.