De olho em 2022, Lula articula apoio da polícia militar

Foco são integrantes das Forças Aramadas da ativa que não concordam com ações do governo Bolsonaro | Foto: Reprodução/Facebook

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  não tem poupado esforços para se aproximar dos militares. Segundo a coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, pessoas próximas ao petista relatam que interlocutores do ex-presidente com trânsito na caserna têm procurado nomes de alta patente para se aproximarem de Lula. O foco são integrantes das Forças Aramadas da ativa que não concordam com ações do governo Bolsonaro como as pregações contra o Supremo Tribunal Federal e os ataques à urna eletrônica, sempre feitos sem prova de fraude.

Ainda de acordo com a publicação, o foco das conversas é amenizar resistências ao petista com argumentos de que, em seus dois mandatos como presidente, não houve problemas com as Forças Armadas e que, numa eventual vitória sua em 2022, as relações continuariam pacíficas. A receptividade de Lula pelas Forças Armadas, caso seja eleito no ano que vem, é preocupação entre membros do PT e seus aliados. O assunto foi tema do almoço que o petista teve no mês passado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e sua equipe.

Na ocasião, lideranças fluminenses perguntaram ao petista qual seria o destino dos mais de 6 mil militares que ocupam cargos no governo Bolsonaro, caso seja eleito. Lula repetiu o que tem sido dito às Forças Armadas, de que sempre teve ótima relação com os militares e que continuaria assim. Admitiu, porém, que as tensões com a Força cresceram no governo Dilma. Entre os motivos para isso, o petista citou a criação da Comissão da Verdade, mas não fez juízo de valor sobre o colegiado que investigou violações de direitos humanos no Brasil, durante a ditadura.

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