Vereador eleito pelo município de Nazaré, Ailton Figueiredo Souza Júnior, conhecido como Júnior Figueiredo (PSDB), esteve presente na cerimônia de posse, realizada na noite desta quarta-feira (1º). Durante a realização do ato, quando teve seu nome citado, Júnior foi bastante vaiado e pediu a palavra para rebater os protestos dos presentes.
Durante a fala, o vereador disse não entender o motivo dos protestos contra ele e afirmou que vai continuar com o trabalho na cidade. Vale lembrar que Júnior Figueiredo foi um dos últimos investigados presos na primeira fase da Overclean, que apura desvios de recursos por emendas parlamentares através de licitações. Durante as investigações, o suspeito foi identificado como operador do esquema no âmbito da prefeitura de Lauro de Freitas.
”Podem vaiar, porque a vaia é dos fracos, covardes! Um momento lindo desse de festa… Não estou entendendo isso. Estou tranquilo, sabe por que? Porque o povo me elegeu vereador e eu estou aqui de cabeça erguida para continuar o meu trabalho na minha querida Nazaré”, iniciou Júnior Figueiredo.
”Vaiem… Vaiem mesmo, eu gosto de ficar famoso. Graças a Deus, sempre trabalhei pela minha terra, e vou continuar trabalhando. Inveja mata, cuidado. Eu incomodo, mas quanto mais vaias, mais força eu terei para trabalhar”, finalizou.
Ao sair da Prefeitura de Nazaré, Júnior Figueiredo foi bastante vaiado e precisou ser escoltado pela Guarda Municipal da cidade. Veja o momento abaixo, registrado pelo Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias.
OPERAÇÃO OVERCLEAN
Deflagrada no início de dezembro, a Operação Overclean visa desarticular o esquema que envolve fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro. Além da PF atuam nas ações agentes do Ministério Público Federal (MPF), da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo a Polícia Federal (PF), durante o período investigado, a organização criminosa teria movimentado em torno de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.