Entre as cidades com população acima de 100 mil habitantes, Vitória da Conquista é a última no ranking das mais violentas na Bahia

A Bahia possui sete cidades que estão entre as dez mais violentas do Brasil, de acordo com o Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18). O ranking é liderado por Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo, com taxa de homicídios de 94,1 por 100 mil habitantes.

Depois, vem Jequié, na região Sudoeste, com taxa de 91,9. A cidade era a primeira no ranking do ano passado, mas caiu uma posição. Em terceiro vem Simões Filho com 81,2; Camaçari com 76,6 e Juazeiro com 72,3. A capital baiana, Salvador, está na nona posição com taxa de 66,4, a maior entre as capitais, e Feira de Santana é a décima mais violenta com 66 homicídios por 100 mil habitantes.


Foto: Reprodução/Atlas da Violência 2024
Já Vitória da Conquista ficou longe do topo da lista nacional. De acordo com o Atlas da Violência 2024, a terceira maior cidade da Bahia ocupa a 163ª posição na lista de munícipios com mais de 100 mil habitantes. O munícipio, na época com uma popluação de 370.879 mil habitantes, registrou 81 homícidios. A taxa de homícidios é 21,1 por 100 mil habitantes.


Foto: Reprdoução/Atlas da Vioência 2024
Já entre os munícipios, com mais de 100 mil habitantes, que acumulam 50% dos homícidios estimados, Vitória da Conquista ocupa a 88ª posição.

Em relação ao ranking na Bahia, entres as 18 cidades com população acima de 100 mil habitantes, Vitória da Conquista ocupa a 18ª posição. Veja como fica: Santo Antônio de Jesus 94,1; Jequié BA 91,9; Simões Filho 81,2; Camaçari 76,6; Juazeiro 72,3; Salvador 66,4; Feira de Santana 66,0; Eunápolis 59,8; Ilhéus 59,3; Luís Eduardo Magalhães 58,4; Teixeira de Freitas 57,8; Lauro de Freitas 51,1; Alagoinhas 51,0; Porto Seguro 49,9; Itabuna 47,7; Paulo Afonso 44,3; Barreiras 36,9 e Vitória da Conquista 22,1.

O Atlas da Violência foi feito com dados de 2022 e diferenciou homicídios registrados e estimados. Os registrados são aqueles cujos dados foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo os pesquisadores, esse crescimento na Bahia tem haver com a chegada de mais grupos ciminosos. Até 2022, pelo menos 10 facções criminosas disputavam territórios em terra e também na Baía de Todos-os-Santos, espaço geográfico considerado estratégico para a logística de transporte, fornecimento e exportação de drogas e armas.

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que “e a redução das mortes violentas é uma prioridade para a pasta. Disse ainda que, nos últimos sete anos, o índice apresentou diminuição de 27%.

Veja a seguir a nota na íntegra.

“A Secretaria da Segurança Pública ressalta que a redução das mortes violentas é uma prioridade na Bahia. Nos últimos sete anos o índice apresentou diminuição de 27%. Em 2024, de 1° de janeiro a 15 de junho, as mortes violentas tiveram redução de 11%. No ano de 2023, na comparação com 2022, os assassinatos recuaram 6%.

A SSP destaca ainda que, nos últimos 17 meses, a Polícia da Bahia apreendeu 80 fuzis, localizou 81 líderes de facções, retirou das ruas 15 toneladas de drogas, apreendeu 9 mil armas de fogo e capturou 26 mil criminosos.

Na parte de investimento, 3.200 policiais militares e civis, além de bombeiros foram contratados. De forma inédita, neste momento, quatro Cursos de Formação estão sendo realizados na PM, PC, DPT e CBM. Serão mais 2 mil novos policiais e bombeiros até o final de 2024. O Estado entregou ainda 1.500 viaturas, algumas delas semiblindadas, e novos equipamentos de proteção individual”.

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