“Essa foto vai para o meu dix”. Se você ouviu essa frase e não entendeu nada, iremos explicar: o dix é um espécie de Instagram para os íntimos, os escolhidos. Normalmente, são contas fechadas para contatos selecionados, que costumam reunir fotos e vídeos bem diferentes dos que as imagens publicadas no “Instagram oficial”. Donos de contas dix dão diferentes versões sobre o que os motivou a criá-las. Na maioria das vezes, são inocentes perfis que reúnem fotos mais divertidas e despreocupadas com luz, composição e foco, tampouco com curtidas e seguidores, apenas por zoação. Em outros casos, as contas revelam fotos polêmicas, provocantes e sexys, longe dos olhares críticos de amigos e familiares, como os próprios pais. De olho nesse novo “Mundo” em que os jovens consideram como uma válvula de escape para a pressão social, os pais e responsáveis de hoje formam a última geração que viu a transição do analógico para o digital e estão vendo também a chegada da popularização das inteligências artificiais em um mundo cada vez mais artificial.
Foto: Reprodução l Rede Social
Atualmente as crianças e adolescentes possuem janelas para o mundo na palma da mão e muitos responsáveis estão ainda cegos aos riscos que acompanham esta liberdade de comunicação. As redes sociais (Instagram, Tik Tok, etc) são parte natural desses jovens que não sabem o que é a vida sem estas plataformas, tomando bastante tempo da infância e adolescência. Os pais e responsáveis devem ficar atentos ao uso de proteção dos aparelhos celulares por meio de senhas, impressão digital e facial usadas pelos jovens para impedi-los de acessarem o que estão fazendo na internet. Alguns defendem a privacidade irrestrita, mas é um grande erro, pois muitos desvios estão ocorrendo através das redes. Um exemplo simples e muito comum na atualidade é adolescentes e até crianças criarem perfis privados com nomes estranhos na frente do verdadeiro (dix, dixx) e bloqueando pais, responsáveis, familiares e professores para publicarem “coisas” para um público seleto que não publicariam em seu perfil “oficial” que a família tem acesso. E assim se abre uma janela perigosa para compartilhamento de “nudes” (nudez), acesso ao mundo das drogas, entre outros perigos.
Foto: Reprodução l Rede Social
Outra curiosidade despertada por essas janelas ocultas em celulares de adolescentes é o uso do cigarro eletrônico (vape, pod). Está virando “moda” entre jovens fumar cigarro eletrônico e os pais e responsáveis não descobrem porque não deixam aquele odor característico de cigarro (alguns possuem até aromas de chiclete, frutas) e o design dos aparelhos não são conhecidos pelos pais. Alguns parecem com pendrives ou pequenos perfumes de cor metálica, muito colorida e com cheiro agradável para enganar as crianças, mas possuem nicotina para viciar e outros produtos químicos perigosos. O primeiro passo para evitarmos esses comportamentos nocivos, oriundos da curiosidade própria da idade, é estarmos sempre de olho nas comunicações de nossos filhos. Como responsáveis podemos e devemos acessar a qualquer momento as redes sociais, as mensagens, o WhatsApp das crianças e adolescentes que estão sob nosso cuidado, pois não saiu de moda a máxima dos antigos que “é melhor prevenir do que remediar.
Informações: 97 News