Faustão passou por uma cirurgia de transplante de coração mais cedo neste domingo(27). João Silva, filho do apresentador, usou o Instagram para se manifestar sobre o fato, republicando um story postado inicialmente por seu amigo Enzo Celulari.
Na postagem, consta: “1 – Seguimos em oração pela rápida recuperação do nosso querido Fausto após a realização do transplante bem sucedido. 2 – Informem-se antes de julgar”.
A mensagem faz referência a inúmeros comentários em redes sociais insinuando que, devido ao tempo com a qual o transplante de Faustão se deu – o anúncio de sua inclusão na fila por transplante de coração foi feito há sete dias, em 20 de agosto – ele poderia ter supostamente algum tipo de benefício, o que é negado.
Entre as informações destacadas na postagem compartilhada pelo filho de Faustão, consta que há critérios para definir quem vai receber um transplante, incluindo a gravidade do estado de cada paciente. “Não façam ilações ou acusações irresponsáveis de ‘furação’ de filas ou interesses escusos”, conclui o médico.
Ministério da Saúde publica nota sobre Faustão
No fim da tarde de domingo, o Ministério da Saúde divulgou uma nota oficial à imprensa (clique aqui para ler a íntegra) informando que foram realizados 13 transplantes de coração no Brasil entre 19 e 26 de agosto, incluindo sete no Estado de São Paulo.
“Neste domingo, 27, mais um paciente na capital paulista foi contemplado com um transplante cardíaco, neste caso, também priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde – o apresentador Fausto Silva. Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados”, diz a nota oficial.
“A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.”
“Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”, continua o Ministério da Saúde.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia ocorreu no início da tarde deste domingo, durou duas horas e meia e foi realizada com sucesso. Faustão, agora, segue na UTI para o acompanhamento da adaptação do órgão e controle da rejeição.
O hospital afirmou que foi avisado de que havia um órgão disponível pela Central de Transplante do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, 27. A partir daí, começou a fazer uma série de testes para saber se o coração era compatível com Faustão. Com a confirmação, a cirurgia pôde ser realizada.
Os problemas de saúde de Faustão
As primeiras notícias de que Faustão estava internado apareceram no último dia 17 de agosto, pouco mais de dez dias após o apresentador dar entrada no Hospital Albert Einstein depois de se sentir mal. No dia 19, a família de Faustão divulgou um vídeo em que ele aparece sentado em um leito de hospital.
No dia 20 de agosto, com o agravamento do quadro de saúde do apresentador, o hospital divulgou que Faustão precisaria passar por um transplante cardíaco e que seu nome já havia sido incluído na lista única de espera da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Na ocasião, o hospital informou que Faustão passava por diálise e necessitava de medicamento para ajudar na força de bombeamento do coração.
Como funciona a fila de espera para transplante de coração, como o de Faustão
Embora a cirurgia do apresentador tenha sido classificada como “prioridade máxima”, Faustão teve que entrar em uma lista de espera única coordenada pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde que vale tanto para pacientes da rede pública quanto para os da privada.
O ministério leva em conta as condições clínicas do paciente, bem como o risco de morte. Entre esses fatores, que determinam a ordem na fila, estão a impossibilidade total de acesso para diálise (filtração do sangue), no caso de doentes renais, a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidade de assistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos recentes transplantados.