A Bahia é responsável por cerca de 55% da produção nacional de cacau, segundo o IBGE. Porém a procura pelo produto é maior que a produção efetiva. O preço do cacau atingiu alta de dois meses graças à contínua demanda por chocolate.
Cientistas preveem crises de escassez e até especulam sobre a extinção do cacau. A procura por chocolate é maior que a quantidade de grãos comercializados. Um dos maiores exportadores de cacau, a Costa do Marfim, está enviando menos grãos para os portos.
Os principais fatores que contribuem para falta de grãos é a forte crise na cacauicultura em razão de estiagens; podridão parda e infestação pela praga crinipellis perniciosa (vassoura-de-bruxa); falta de modernização da produção; descapitalização e endividamento dos cacauicultores; e falências de empresas industriais e fazendeiros endividados perdem suas propriedades para pagar os juros altos cobrados pelos bancos.
Especialistas afirmam que a demanda por chocolate é muito maior que a quantidade de cacau cultivada no planeta. O mundo por trás das barrinhas deliciosas que compramos na padaria, no supermercado e até na drogaria da esquina está em crise.
John Mason, diretor-executivo e fundador do Conselho de Pesquisa e Conservação da Natureza, com sede em Gana (África), disse que em 20 anos o chocolate será como o caviar. “Será tão caro e escasso que o cidadão comum não conseguirá comprar”. O mercado do chocolate já mostra uma tendência de alta de preços.