Por meio do Programa de Apoio Técnico às Hortas Urbanas (Path), a Prefeitura de Vitória da Conquista vem prestando assistência aos produtores das hortas comunitárias, em uma ação conjunta das secretarias de Desenvolvimento Social (Semdes) e Desenvolvimento Rural (SMDR). Neste mês, as hortas estão recebendo a oficina de compostagem para produção de adubo orgânico.
Segundo a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da Semdes, Karine Barros, as assessorias técnicas são parte do esforço da prefeitura para levar aos agricultores das hortas comunitárias, uma alternativa de segurança alimentar, aperfeiçoamento técnico, no sentido de aumentar a sua renda e o seu aprendizado através da produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, sem o uso de agrotóxicos.
“Para isto, agrônomos da prefeitura têm levado técnicas inovadoras de compostagem para a produção de fertilizantes naturais, métodos de controle alternativo de pragas e doenças das plantas, dentre outras técnicas. Acrescente-se que toda esta participação dos agrônomos é feita considerando à experiência e os conhecimentos preexistentes dos agricultores. Estabelecendo-se, portanto, uma parceria entre os técnicos e os agricultores” explicou Karine.
Durante a oficina compostagem, os produtores aprendem sobre cada um dos elementos que devem fazem parte do composto, “Esta também é uma prática de reciclagem, porque estamos aproveitando todo material que não teria serventia e a gente está transformando num adubo super rico, que é um composto orgânico e que vai liberar estes nutrientes nas plantas com mais facilidade, além de melhorar a estrutura do solo”, esclareceu a engenheira agrônoma Nilma Dias.
Na horta do Jardim Valéria, Maria de Fátima Silva, de 63 anos, agradeceu a iniciativa da Prefeitura. “Eu já tenho dez anos trabalhando aqui e ainda não sei tudo, por isso é muito bom essas aulas, porque a gente aprende mais”, declarou Fátima. Já Maria da Nísia Santos, de 68 anos, acredita que quanto mais se trabalha, mais se aprende. “Eu estou aqui desde que fundou, há 27 anos, e eu sei que não sei de tudo, por isso estou sempre disposta a aprender mais” comentou Nisia.
Para Diacisio Ribeiro Rocha, de 76 anos, agricultor da horta do Recanto das Águas, o que torna o trabalho da horta possível é a unidade dos agricultores. “É trabalhando em mutirão que a gente consegue melhorias para todos, por isso, considero este trabalho aqui, muito importante para nossa formação e para nossa unidade”, salientou Diacisio. Para Maria Nalva, de 72 anos, que planta banana e andu na horta do Recanto, aprender sobre o adubo foi muito bom. “Eu só tenho que agradecer, muito boa essa aula. Aqui nós somos tudo unido, o que é para um, é para todos. Eu sou muito grata a Deus por isso”, ressaltou Nalva.
Momento Março Mulher
Paralelamente às atividades de apoio técnico, como parte da programação do Março Mulher, desenvolvido pela Semdes, rodas de conversa estão acontecendo em todas as unidades socioassistenciais e também nas hortas comunitárias, As palestras ficam a cargo do Centro de Referência Albertina Vasconcelos (Crav), sobre as conquistas femininas e a Lei Maria da Penha. Na horta do Recanto das Águas, as agricultoras conversaram com a equipe do Crav sobra as conquistas femininas e dos desafios ainda enfrentados, como o enfretamento a violência contra Mulher.
A agricultora Sandra Maria Ferreira contou um pouco da sua história. Para ela, “mulher tem que se cuidar, tem que trabalhar. A mulher está fazendo de tudo um pouco, antes não, ela só ficava dentro de casa, hoje as mulheres são reconhecidas. Antes vivíamos de cabeça baixa, Graças a Deus nós mudamos e podemos fazer o que quisermos”.