Cemitério do Kadija chega a 100% de ocupação e novo cemitério municipal entra em funcionamento*

O novo Cemitério Municipal Campo da Paz, no bairro Zabelê, entrou em operação, nesta segunda-feira (7). O primeiro sepultamento em uma das 59 covas já abertas no local ocorreu às 10 horas.

A obra do Cemitério Campo da Paz começou em setembro e tinha um prazo de cinco meses para ficar pronta, mas as chuvas que começaram em novembro e se prolongaram até meados de janeiro não permitiram o cumprimento do cronograma, exigindo da Sesep uma ação emergencial, diante do esgotamento das condições do cemitério do Kadija.

De acordo com Kairan Rocha, titular da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep), responsável pela administração do espaço, o início da operação do novo cemitério foi necessário, mesmo com as obras ainda em andamento, porque ontem (6), o Cemitério do Kadija atingiu a capacidade máxima antes do tempo previsto.

“É uma situação de emergência, por isso implantamos no novo cemitério uma estrutura temporária para que os parentes e as pessoas que queiram acompanhar o sepultamento de seus entes queridos possam ficar acomodadas, com toldos com cadeiras, bebedouro e banheiros químicos. O espaço também conta com vigilância noturna”, enfatizou o secretário.

Situado no bairro Zabelê, em uma área de 22.500 m², o novo Cemitério Campo da Paz será dividido em três quadras, com capacidade total para 1.164 jazigos. A expectativa da Sesep é que no novo espaço não aconteça o mesmo que aconteceu no Kadija com relação a vagas nas alas de sepultamento

Segundo o Código de Polícia Administrativa do Município (Lei nº 695/93), o deslocamento das ossadas para gavetas, em casos de superlotação nas covas, deve ocorrer após o período de quatro anos (48 meses). “Mas, infelizmente, o Cemitério do Kadija é muito antigo, ele foi construído em 1987, e no momento do sepultamento não era feita a autorização prévia para a exumação do corpo, caso necessário. Então, hoje, temos de procurar os parentes para eles autorizarem a exumação e abertura de novas vagas no local e isso leva tempo e nem todos concordar”, explicou Kairan.

No novo cemitério, ao contrário, a autorização é um documento necessário para o sepultamento.

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