A data homenageia os profissionais responsáveis por transmitir através dos meios de comunicação fatos e informações de interesse público. Todo o repórter é jornalista, mas não são todos os jornalistas obrigatoriamente repórteres.
A principal tarefa do repórter é a cobertura de pautas e notícias, com investigação profunda dos fatos, entrevistas e produção de um texto explicativo, imparcial e direto para o leitor ou telespectador.
O cargo de repórter está presente em todas as áreas da comunicação social, seja na televisão, rádio, internet ou jornalismo impresso. A figura do repórter é imprescindível para a produção de conteúdos apurados e com qualidade profissional.
No Brasil ainda são comemoradas datas específicas para o Dia do Repórter Fotográfico (2 de setembro) e o Dia do Repórter Policial (31 de outubro).
História
Em 1442, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a imprensa com uma nova técnica de impressão usando máquinas – antes a impressão era manual. A invenção foi fundamental para a criação dos jornais modernos e, consequentemente, o surgimento dos primeiros repórteres. Nas décadas seguintes as publicações aumentaram e a profissão do repórter ficou mais conhecida.
No Brasil, os primeiros jornais de caráter noticioso surgiram apenas no final do século IXX, como O Estado de São Paulo e o Jornal do Brasil. Antes, os jornais publicavam conteúdo oficial e opinativo. Com essa mudança de característica, a profissão do repórter ganhou destaque no início do século XX, quando os jornais passaram a dedicar espaço para as grandes reportagens. Essas são caracterizadas pelo aprofundamento investigativo da informação, pesquisa, contextualização, abordagem multiangular e narrativa diferenciada.
Euclides da Cunha é considerado por alguns como o primeiro repórter do Brasil, devido à cobertura da Guerra de Canudos para O Estado de São Paulo, em 1896. Na época, o autor de Os Sertões entrevistou presos, pesquisou arquivos sobre os personagens da guerra, como Antônio Conselheiro, e narrou para o jornal o que acontecia no arraial.
Desafio
Ao longo da história, os repórteres conviveram e convivem até hoje com a censura e perseguição política, militar, policial e de criminosos. Segundo o relatório de 2020 da organização Repórteres sem Fronteiras (RFS), 50 jornalistas foram mortos no ano em decorrência da profissão. Tais fatos enaltecem ainda mais a importância do repórter, que diversas vezes se arrisca para levar a informação até a sociedade.