Após sofrer represálias por fazer publicações homofóbicas em suas redes sociais, o jogador de vôlei Maurício Souza vai processar a Globo e seus profissionais Felipe Andreoli e Walter Casagrande por usarem tons enfáticos ao criticarem o preconceito do ex-central do Minas Tênis Clube e da Seleção Brasileira.
De acordo com o site Notícias da TV, o advogado do atleta, Newton Dias, afirmou que a ação deve ser protocolada em breve na Justiça.
“No meu entendimento, o dano causado à imagem do Mauricio já é irreversível. No caso do Mauricio, o que ele fez foi uma reflexão. Não existe nenhum discurso de ódio, que inferiorize orientação sexual, nada disso. O que existiu foi uma reação de pessoas que estão imputando a ele o crime de homofobia”, afirmou Dias.
A Globo, Casagrande e Andreoli serão processados por danos morais, calúnia, difamação e injúria. O advogado afirma, ainda, que a defesa está fazendo um levantamento das acusações feitas por pessoas nas redes contra o atleta, visando enquadrá-las no crime de staking (perseguição).
“Todas as pessoas que seguiram o tom de Casagrande e Andreoli, possivelmente vão ser interpostas ações também. No crime de calúnia, injúria e difamação, inverte-se o ônus da prova. Então, eles têm que provar que ele [Souza] é homofóbico. Todos que cravaram, com essa palavra, que ele foi homofóbico, vão responder judicialmente”, prometeu Dias.
Em Salvador, o deputado baiano Samuel Junior apresentou um projeto na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) de concessão da Comenda Dois de Julho. O argumento usado pelo deputado para a homenagem, é que o jogador merece ser reconhecido pelos ‘”relevantes serviços prestados como porta-voz da família brasileira, sobretudo às famílias cristãs e conservadoras”.
