Na última terça (31), o governo brasileiro enviou ao Congresso Nacional a proposta de R$ 1.169 para o salário mínimo em 2022. O valor é R$ 69 maior que o salário mínimo atual, no entanto, o reajuste está abaixo da inflação, o que significa que não haverá um aumento real. Segundo economistas, mesmo se o ganho fosse de 10% ou 15%, não supriria o déficit orçamentário que o estado vive. Nos últimos anos a Bahia está vivendo o pior desempenho da história. E isso em decorrência do desemprego, do PIB, que não cresce, chegou a pandemia e a situação se agravou. Na Bahia, cerca de 80% da população, tem renda média de até 2 salários mínimos. Como o reajuste é muito abaixo do necessário e há cinco anos não houve aumento salarial que compensasse a alta dos preços. As consequências são o aumento do empobrecimento, da inadimplência. Outro fator é o preço da cesta básica, que tem o valor em média de R$ 461,18, o que representa 45,33% da porcentagem do salário mínimo líquido atual, que é R$ 1.100. No novo valor teto, a porcentagem é 41,93%, isso sem considerar que houve um aumento no preço dos produtos. Ou seja, não haverá efetiva mudança, e quase metade do salário mínimo é destinado à alimentação.
Mesmo com a proposta em aumentar o salário mínimo, ganho real não chegará aos baianos
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