Aguardando a chegada do segundo filho, Valcinete Souza se viu em uma situação inesperada: o parto prematuro. O pequeno Samuel Miguel surpreendeu e nasceu no sétimo mês da gestação. Valcinete conta que a gravidez ainda ia completar 30 semanas quando chegou à maternidade do Hospital Municipal Esaú Matos.
Com apenas 1,2kg, ao nascer, Samuel precisou de cuidados especiais. Inicialmente, ele ficou internado na UTI Neonatal do hospital, depois foi para unidade semi-intensiva e, em seguida, para a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru. Ao todo, foram 53 dias internado no Esaú Matos recebendo todos os cuidados e atenção médica necessários.
Apesar de viver esse momento complicado, Valcinete lembra com carinho do cuidado que recebeu dos profissionais do hospital. “Eu tive apoio de toda a equipe, enfermeiros, técnicos e psicóloga, que me ajudaram demais. Na verdade, eu falo que foram anjos que Deus colocou em meu caminho. E, graças a Deus e a toda a equipe do Esaú, depois de 53 dias, eu tive a vitória: levar meu filho para casa”, comemora Valcinete.
O Hospital Municipal Esaú Matos atua de acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como principal objetivo garantir um acolhimento cada vez mais humanizado aos seus pacientes. Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais como psicólogos e assistentes sociais.
“O hospital tem muito cuidado com todas as mães, principalmente com mães de bebês prematuros. Elas requerem mais atenção, porque, geralmente, seus filhos ficam muito tempo hospitalizados”, comenta a psicóloga do Esaú Matos, Luciana Luz. “Então, os cuidados com a mãe são indispensáveis, porque ela está ali, naquele momento de muito sofrimento, dor e perda da sua subjetividade. E o nosso papel é fazer com que ela recupere essa subjetividade para que possa estar nesse lugar sendo única e ressignificar cada situação, cada condição”, completa a psicóloga.
De acordo com o diretor-geral da Fundação de Saúde Pública, que administra o Esaú Matos, Diogo Azevedo, toda equipe é treinada e preparada para ajudar a promover a melhor experiência possível para a gestante que opta por dar à luz na unidade. “Mais do que promover um atendimento médico de qualidade, é preciso ir além e mostrar que o serviço de saúde pública pode, sim, ser de excelência, ainda que o momento seja delicado como o nascimento de um bebê prematuro”, observa Diogo.