Supermercados de Brumado na mira da ADAB; ‘estão rotulando e embalando carne como se fosse industrializada’

O médico veterinário e fiscal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Clemente Fernandes Alves, em entrevista, destacou que a ADAB vem realizando fiscalização continua dos estabelecimentos que vendem carne em Brumado. E uma das características que vem sendo flagrada, segundo o fiscal, é a embalagem e rotulação de carnes nos supermercados, como se os produtos fossem de origem industrial. “O que a gente vem observando nos supermercados, além da carne clandestina em alguns estabelecimentos, eles estão embalando e rotulando essa carne como como se fossem industrializadas. E isso é crime, só quem pode rotular e embalar são às indústrias, em procedimento a vaco. Além disso, o fabricante especifica o dia, mês e ano desse produto”, disse Fernandes. Ele ressalta que existem as peças industrializadas, no entanto, os estabelecimentos, a partir do momento em que a peça é cortada, ela não pode ser embalada em lotes separados. “A peça original com o selo, mesmo depois de fatiada ou cortada, ele tem obrigação de manter o selo, para quando haver uma fiscalização, nós termos como conferir a origem”, diz. Questionado se seriam todos os estabelecimentos, Clemente destacou que 90% dos comerciantes de Brumado seguem as medidas estabelecidas em Lei, mas que cerca de 10% ainda insistem na clandestinidade. “Nós vamos fiscalizar, embalar produto como se fosse rotulado por uma indústria é crime, dá cadeia”, afirma o veterinário e fiscal. Fernandes destacou que a ADAB trabalha muito com denuncias e que todos podem estar colaborando para que a apreensão desse tipo seja feito com maior frequência. “Nós estamos funcionando no posto do SAC, situado na Rua Exupério Pinheiro Canguçu, no número 300, no centro da cidade. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 07h às 13h. Questionado se a população pode ficar tranquila com relação a compra de carne nos supermercados, Clemente disse que sim, embora a fiscalização na venda direta ao consumidor fica a cargo da Vigilância Sanitária. “Essa atribuição é da Vigilância de Brumado, nós damos um apoio, mas podem ficar tranquilos, a maioria dos supermercados funcionam dentro da Lei”, pontuou.