Desde cedo, nesta quarta-feira (10), mensagens circularam em grupos de WhatsApp e em conversas entre políticos e no meio da imprensa, com mais um boato sobre o estado de saúde do prefeito Herzem Gusmão (MDB), desta vez, os encarregados da disseminação da falsa notícia exageraram na dose e falavam da suposta morte do gestor municipal.
Herzem foi internado pela primeira vez, para tratar de Covid-19, no Hospital Samur, no dia 18 de dezembro. Por razões ainda não devidamente esclarecidas, nove dias depois ele foi para o Sírio-Libanês, de São Paulo e está lá, desde o dia 26 de dezembro, há 75 dias. No sábado (6), o prefeito de Conquista foi para a unidade de terapia intensiva (UTI) pela segunda vez. A primeira foi, justamente, no dia que seria a posse dele, em 1º de janeiro. Na primeira passagem pela UTI Herzem ficou duas semanas e de lá foi empossado, por meio virtual, no cargo de prefeito, em 8 de janeiro.
Depois de um longo período sem dar notícia (a última vez que ele mandou mensagem foi no dia 21 de fevereiro e o último boletim do hospital tinha sido no dia 23), neste sábado Herzem gravou um áudio, postado pela família no Facebook e Instagram e comunica que a equipe médica achou por bem o retorno dele à UTI, para “usar o cateter de alto fluxo”, já que ele continua com problemas respiratórios.
A mensagem, ao mesmo tempo que traz uma certa tranquilidade, porque o prefeito fala do seu estado de saúde de própria voz, embora diferente daquela voz que Vitória da Conquista se lembra, de um dos maiores radialistas da história da Bahia. Mas, não responde a uma pergunta cada dia mais ouvida: O que o prefeito tem é mesmo Covid-19?
O longo período de ausência e o intervalo entre os boletins médicos criaram um sentimento de ansiedade e, como pode ocorrer em situações como a de Herzem, muita especulação, infelizmente nem todas positivas. Tudo culpa da falta de transparência que envolve o governo municipal – que tem como líder um comunicador -, da família e até do hospital, que divulga boletins esparsos e lacônicos em que apenas diz que o prefeito deu entrada no dia 26 de dezembro de 2020, diagnosticado com Covid-19, apresenta um quadro clínico estável e não tem previsão de alta.
A princípio, acredita-se que o Hospital Sírio-Libanês, um dos mais importantes do Brasil, não esconderia o verdadeiro estado de saúde do prefeito de Vitória da Conquista. Mas, o hospital divulgou o último boletim há duas semanas e sequer o atualizou quando Herzem retornou para a UTI. Ou seja, o Sírio-Libanês tem credibilidade histórica, ética e científica, mas, suas informações não têm sido suficientes para responder à ansiedade da população. Assim, muitas versões ganham força, não apenas em Vitória da Conquista, pois Herzem Gusmão, é o prefeito do terceiro maior município da Bahia, com peso político suficiente para que seu estado de saúde desperte interesse e preocupação.
Não há conquistense em sã consciência que não deseja a volta do prefeito, andando e capaz de realizar o trabalho que se espera dele. Entretanto, é um direito da população ter a informação clara, verdadeira, com transparência.
Circulam boatos de vários tipos, começando sobre o prazo que o prefeito ficará no hospital, variando de poucos dias a meses, até falando de outras doenças graves que os médicos teriam descoberto e que seriam a verdadeira razão para o tempo de tratamento em São Paulo.
Hoje, disseram que Herzem Gusmão teria morrido. E, mais uma vez, governo municipal, família e hospital não consideraram importante negar e informar o que tem, de verdade, o prefeito, porque se existe uma certeza circulando na cidade é de que ele não estão na UTI por causa da Covid-19, não mais.
Sem manifestação objetiva, que dê transparência e segurança às informações, a seguidores, amigos, correligionários e à gigantesca maioria de conquistenses que o querem de volta, resta a fé de que Herzem esteja bem, não seja vítima de nenhuma doença mais grave e retorne logo, andando e produzindo, como Vitória da Conquista espera.
Mensagens como esta abaixo ou com este conteúdo são falsas. Herzem ainda está na UTI, mas estado de saúde dele é estável.