O rei estava voltando, alegremente, da batalha. Ao lado de sua carruagem havia um grande batalhão de soldados que o escoltava, diante da multidão, nas ruas da cidade, que aclamava o seu nome gritando em alta voz: “Salve o rei, salve o rei!”
De repente, numa cena inusitada, apareceu no meio da multidão um menino que conseguiu furar a barreira de soldadela e correu alegre, e apressadamente, em direção à carruagem. O soldado que fazia a guarda do rei saltou brutalmente com o seu cavalo branco e estendeu a sua lança, enraivecido, na frente do jovem valente e exclamou em alta voz:
– Ei garoto, você não está vendo que é o rei que está passando? – Gritou o soldado firmemente.
– Para você ele é o rei, mas para mim ele é simplesmente meu pai.
O garoto, corajosamente, entrou na carruagem, sentou-se no colo do rei e prosseguiu o desfile ao lado de seu pai que o acariciava constantemente e falava-lhe ao ouvido.
O que essa pequena fábula nos ensina? O que podemos tirar de princípio para nós, nos dias de hoje?
Ensina-nos que Deus está interessado que, tenhamos um relacionamento com Ele de pai para filho e aprendamos a depender dEle sempre em qualquer área da vida. Inclusive, na labuta do dia a dia; na escola, no trabalho, na faculdade, na família, na igreja, e principalmente quando imaginamos que estamos nadando contra a maré e não vemos resultados imediatos. Fazendo assim, agindo como filhos do rei, teremos mais condições de saber o que Ele realmente pensa e sente em relação a nós, e quais são os seus planos para o nosso futuro.
Podemos trabalhar para Ele com mais dedicação, sabendo que não estamos trabalhando para um estranho, bem distante, que é aclamado pelo povo. Estamos trabalhando para o nosso pai, e como filhos amados desejamos fazer o melhor para ele. Queremos fazer a vontade dEle.
Um princípio, muito, importante pode nos ensinar através desta fábula. O rei é poderoso, majestoso e adorado, mas é ao mesmo tempo um rei simples e acessível.
Ao Deus acessível, através do seu filho Jesus Cristo, entregamos os nossos sonhos. Ele está interessado em nos abençoar e nos capacitar para que possamos realizar esses sonhos, mesmo que sejam grandes ou pequenos, mas são sonhos.
O sonho de ver a cidade mais pacífica; um mundo sem violência e sem drogas, as famílias ajustadas e unidas, as nações alcançadas. Mesmo que, para acontecer tudo isso, dependa da nossa força de vontade, coragem de correr até a carruagem, e obediência a Deus, não podemos deixar de sonhar. O sonho não pode morrer!
Que o pai celestial te abençoe, e esta pequena reflexão possa despertar em você a vontade de fazer tudo para glorificar o nome do rei. Nosso pai! Deus, criador do universo. Aquele que nos formou para sermos íntimos Dele. Sonhamos, pois somos filhos do rei!
Wal Cordeiro é autor de oito livros