Dados revelam que o reajuste dos planos de Saúde neste ano foi quatro vezes maior do que a inflação.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, enquanto entre janeiro e outubro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,2%, o aumento autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o setor foi de 8,14%.
A ANS é a responsável pelo controle dos reajustes.
Esse percentual de 8% foi aplicado aos planos individuais e familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à lei nº 9.656/98, traz a matéria.
Em agosto a agência chegou a suspender o reajuste de parte dos convênios. A medida foi justificada sob o argumento da pandemia. Os planos de saúde que já tinham aumentado seus valores tiveram reajustes suspensos.
A matéria lembra que a ação surtiu efeito no IPCA, mas a conta vai chegar para o cidadão. Isso porquê a medida vale apenas até este mês.
Advogado consultado pela reportagem, Rafael Robba destaca que “Essa determinação não resolveu o problema, só adiou. Em janeiro, o consumidor vai ter que pagar a dívida”.
Procurada pela reportagem, a agência ressalta que tecnicamente não é correto comparar reajuste de plano de saúde com a inflação. O argumento apresentado é de que o aumento dos planos considera índices de valor do próprio setor. Ainda conforme a reportagem, a entidade tambpem afirmou que como ocorre em outros países, os preços dos serviços de saúde tendem a crescer acima da média dos demais preços da economia.